Filipe Gouveia exalta atuação do Brusque, mas sofre com o empate: “não podemos tomar aquele gol nunca”
Treinador destaca evolução quadricolor, problemas com lesões e necessidade de reforços
Treinador destaca evolução quadricolor, problemas com lesões e necessidade de reforços
Filipe Gouveia considera o primeiro tempo do Brusque contra o Criciúma, neste sábado, 8, como “um baile de bola”, mas fica com o sentimento amargo do empate em 1 a 1 no Augusto Bauer, após o golaço de Marcelo Hermes aos 46 do segundo tempo. Entre os principais temas da coletiva pós-jogo, o treinador abordou a evolução da equipe, os problemas com lesões e a necessidade de reforços.
O técnico do Brusque não admite ter sofrido um gol de empate aos 46 minutos do segundo tempo. Também afirma que o gol de Marcelo Hermes foi o único chute do Criciúma ao gol. Contudo, aos 43 do segundo tempo, já com o Brusque sob grande pressão, Ruan conseguiu vencer Matheus Nogueira em um cabeceio, e a bola só não entrou por causa da intervenção de Éverton Alemão, quase em cima da linha.
“Grande primeira parte, parabéns. Mas depois ficou aquele sentimento nos últimos cinco minutos. Temos jogadores experientes, temos jogadores com 30 e tantos anos. Não pode haver mais jogo ali. Tínhamos três pontos na mão, não pode haver mais jogo. Com os jogadores que tínhamos dentro de campo, com a experiência que tínhamos dentro de campo, não podemos levar aquele golo nunca na vida. Mas isto para lhe dizer o quê? Eles fizeram um chute ao nosso gol. O Criciúma fez um chute ao nosso gol.”
Gouveia valoriza a atuação dominante, especialmente no primeiro tempo. Destaca, como principal chance de matar o jogo, uma finalização de Alex Ruan. Aos 11 minutos, o lateral-esquerdo tomou a bola após falha do Criciúma, invadiu a grande área e chutou para o gol, sendo bloqueado por Rodrigo. Ele tinha a opção de fazer um cruzamento a Robson Luiz.
“Às vezes a gente pensa uma coisa e as coisas não surgem. Mas nós não jogamos contra uma equipe qualquer. Nós jogamos contra uma grande equipe. E aquilo que nós fizemos a primeira parte, nós enxovalhamos o adversário. Nós demos um baile de bola. Agora, não fizemos gols. Como eu digo, a equipe está a se aproximar daquilo que eu penso, das minhas ideias.”
Robson Luiz foi substituído por Paulinho Moccelin no segundo tempo, o que deixou o Brusque sem centroavantes de ofício. Filipe Gouveia afirma que a ideia era dar velocidade no contra-ataque para matar o jogo.
“A equipe deles, no intervalo, adaptou-se à nossa forma de jogar. Ele pôs um zagueiro, passaram a jogar com três zagueiros, com os laterais projetados. E então eu que tirei o Robinho [Robson Luiz], pus o Pira num zagueiro e pus o Paulinho [Moccelin] no outro zagueiro. Para quê? Para, em contra-ataque, matar o jogo. Tivemos a oportunidade do Alex [Ruan], tivemos mais uma outra saída.”
“O adversário estava perdendo, pôs as fichas todas em campo, nos obrigou a baixar [as linhas], também é verdade.”
A evolução do Brusque desde o início do Catarinense até agora é considerada “abismal” por Filipe Gouveia. O técnico diz acreditar cada vez mais no trabalho que está sendo realizado no quadricolor. A necessidade de adaptação por parte de adversários é destacada pelo português.
“Não é fácil fazer isto contra o Criciúma, não é fácil o que nós fizemos. Aliás, o técnico da semana passada [Thiago Carvalho, do Figueirense] adaptou-se ao nosso jogo, como vocês ouviram na coletiva. Este [Zé Ricardo, do Criciúma] adaptou-se ao nosso jogo.”
“Não mudamos nosso estilo de jogo. Podemos jogar contra o Flamengo, com o Fluminense, não vamos mudar. O nosso estilo de jogo é este, seja com três zagueiros, seja com dois, a envolvência dos 11 no campo. Não sei se vocês repararam onde é que nós defendemos na primeira parte. Nós estávamos nos defendendo na linha do meio-campo.”
Filipe Gouveia afirmou, na coletiva pós-jogo, que o Brusque quer buscar, pelo menos, mais cinco jogadores, mas que tenta a gestão do elenco enquanto novidades não chegam.
“Estamos tentando um centroavante, a todo o custo. Mas é como eu digo, não está fácil. Até nisso nós chegamos tarde, até nisso nós chegamos tarde, porque os jogadores estão todos empregados neste momento. E temos que nos sujeitar ao mercado. Tentar ir buscar um jogador emprestado, ou um jogador que não esteja jogando, que não esteja contente no clube, tentar fazer uma troca.”
“Estamos tentando aqui no Brasil, estamos tentando também no exterior, sabendo que a gente se for buscar um jogador que esteja parado, precisa de um mês de trabalho, né? Acaba o Catarinense [antes que um reforço há tempos sem jogar atinja as condições necessárias]. É aquilo que eu digo, estamos tentando trabalhar, estamos tentando trazer, mas não está sendo fácil porque chegamos tarde, chegamos muito tarde.”
“Talvez eu tenha pego a parte mais complicada do Brusque nos últimos anos. Mas eu escolhi vir, estou aqui, e no primeiro dia, sempre vou lembrar isso, prometi trabalho. Eu sei o que que a SAF me pediu, mas eu quero muito mais do que aquilo que a SAF me pediu. E sei como é que eu peguei o Brusque. Sei, quando eu cheguei, como é que estavam os jogadores, como é que estavam as nossas condições.”
A lista de desfalques no Brusque aumenta com os problemas de Gabriel Honório e Alex Ruan. Enquanto o atacante foi substituído ainda no primeiro tempo contra o Figueirense, na quarta-feira, 29, o lateral-esquerdo saiu no segundo tempo contra o Criciúma. A princípio, nem entraria em campo, sentindo dores na coxa durante o treino de sexta-feira, 7.
“O Alex ontem saiu do treino, sentiu ali um problemazinho. Eu hoje ia deixar de fora. Eu falei com ele e ele quis jogar, ele disse: ‘Mister, eu conheço o meu corpo, eu quero jogar, não vai ter problema’. Eu acreditei no jogador e vamos ver, vamos reavaliar amanhã, mas possivelmente, se for o caso, vai ter que ficar parado no próximo jogo. Vamos reavaliar amanhã, ele saiu fadigado”, explica Filipe Gouveia.
Gabriel Honório não deve retornar para esta quarta-feira, 12, contra o Santa Catarina: “Quanto ao Gabi [Gabriel Honório], vai ser difícil. Vai ser difícil, ele fez uma entorsezinha no joelho, não vai ser fácil. E pronto, temos que temos que continuar. Eu acredito nos outros jogadores.”
“Temos o [Guilherme] Pira também em fadiga. Temos alguns jogadores em fadiga. Não tivemos pré-temporada e isso tudo nos leva a fazer uma gestão de todo o plantel, porque temos jogo na já quarta-feira.”
Além dos problemas físicos e de lesões, o Brusque tem o desfalque de Paulinho Moccelin. O atacante foi expulso nos acréscimos, quando o jogo já estava 1 a 1, após jogar a bola no rosto de Fellipe Mateus, do Criciúma.
Filipe Gouveia reconheceu o erro de seu jogador. Contudo, diferente da expulsão de Rodolfo Potiguar na primeira rodada, questionou a decisão do árbitro em aplicar o cartão vermelho.
“Não pode acontecer. Temos que ter mais calma nessa nessa nessas situações e eu, felizmente, estava perto. Acho que o árbitro teve um peso e duas medidas. Se fosse ao contrário, talvez ele não tivesse expulsado, teria dado amarelo aos dois. Mas pronto, vamos dar o benefício da dúvida.”
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