Flamengo e Cruzeiro vencem e são os finalistas da Copa do Brasil
Rubro-negros venceram no tempo normal enquanto Raposa devolveu 1 a 0 e eliminou Grêmio nos pênaltis
Rubro-negros venceram no tempo normal enquanto Raposa devolveu 1 a 0 e eliminou Grêmio nos pênaltis
Habemus finalistas! Em duas partidas eletrizantes, Flamengo e Cruzeiro se deram melhor contra Botafogo e Grêmio, e agora decidem a Copa do Brasil. No Rio de Janeiro, o Mengão venceu por 1 a 0 com golaço e superioridade do início ao fim. Já no Mineirão, com bela atuação de Thiago Neves, a Raposa devolveu o 1 a 0 ao tricolor gaúcho e, nas penalidades, foi superior: 3 a 2.
Nivelado por baixo
Flamengo e Botafogo foram responsáveis por um primeiro tempo bastante feio. A qualidade técnica foi deixada de lado, e as brigas por bola no alto tomaram conta da etapa. A raça falou mais alto do que o bom futebol, e as chances de gol foram equilibradas mesmo com o Maracanã completamente lotado, principalmente, de torcedores rubro-negros.
A primeira boa chance foi do atacante do Fogão, Guilherme, aos 2 minutos. João Paulo lançou Roger que passou para o atleta cabecear sozinho, mas para fora, desperdiçando a chance. Aos 12, Gatito salvou o que seria o primeiro gol do Fla. Após erro de Luis Ricardo, a bola sobrou com Guerrero que cortou e chutou, mas o goleirão botafoguense defendeu.
Aos 43 minutos, os visitantes chegaram novamente. Guilherme cabeceou para o alto e Rodinei tirou mal. Na sobra Matheus Fernandes arriscou de fora da área em belo chute, mas que saiu à direita de Thiago. Pouco antes do fim do primeiro tempo, aos 46 minutos, Diego furou em bola tocada por Berrío para trás. Mal sabia o meia que, na próxima vez que um lance parecido com esse acontecesse, a bola entraria nas redes.
Qualidade retorna ao campo
Seja qual tenha sido o papo do novo técnico do time, Rueda, para com seus comandados no intervalo, surtiu efeito ao elenco flamenguista. O grupo lembrou que tem qualidade e capacidade para decidir, na bola, qualquer que seja a competição. Foi aí que o placar se abriu pela primeira vez, aos 25 minutos.
Diego fez o gol, mas ainda mais importante que o jogador que botou a bola na rede foi o que acertou o passe. O colombiano Berrío foi responsável por um lance de rara felicidade, mostrando que nos jogos truncados é a qualidade que faz a diferença. Ele pegou bola na direita do ataque e aplicou um drible da vaca de letra em Victor Luiz, na sequência tocou para trás para a chegada do meia que afundou as redes com um chute chapado.
O Botafogo não soube reagir a isso. Mostrando limitação na distribuição das jogadas, apostando apenas na corrida dos laterais para o cruzamento centrado, o time foi facilmente anulado pelos rubro-negros – que inclusive, nos contra-ataques, por pouco não ampliaram a contagem. Aí foi fácil segurar a vitória e a classificação, fazendo a torcida
Raposa começa melhor
O Cruzeiro foi ligeiramente melhor no primeiro tempo, mas engana-se quem pensa que o time dominou a etapa. O Grêmio teve lampejos de seu bom futebol nos primeiros 45 minutos e por pouco não saiu na frente, mas a verdade é que a rede não balançou neste período.
Aos 4 minutos, por exemplo, Fábio precisou salvar a Raposa. Barrios, autor do gol do 1 a 0 na Arena, invadiu a área e chutou, mas o goleiro celeste estava atento e fechou o ângulo. A partir dos 10 minutos, os donos da casa passaram a ditar as regras do jogo. Thiago Neves acertou belo chute de fora da área, mas ela desviou e saiu da meta.
O tricolor até chegou perto mais uma vez, aos 25 minutos, mas foi o Cruzeiro que teve a chance mais clara, aos 41. Thiago Neves novamente aprontou das suas, acertando belo chute de falta no canto direito, mas Marcelo Grohe defendeu e foi essencial para deixar a partida empatada.
Superioridade traduzida em gol
Ao Cruzeiro não interessava nenhum pouco ter o maior domínio das chances claras e não fazer o gol para, no mínimo, levar a decisão da vaga na grande final da Copa do Brasil para os pênaltis. O time não precisou de muito tempo na segunda etapa para fazer sua imensa torcida gritar de felicidade no Mineirão.
Aos 7 minutos, o meia Hudson foi o responsável pela explosão celeste. Thiago Neves, imparável, cobrou escanteio na medida para a cabeçada do atleta. Grohe até tocou nela, mas não adiantou: foi morrer nas redes. A partir daí, por incrivel que pareça, foi a Raposa quem pressionou mais em busca de liquidar a fatura. Aos 17 minutos, novamente Thiago Neves teve cobrança de bola parada a qual Raniel, por pouco, não marcou no voleio. Contudo, nada de outro gol no Mineirão e a semifinal foi decidida na cobrança de pênaltis.
Os batedores não mostraram tanta qualidade, mas passou quem teve mais competência. O Grêmio abriu com Fernandinho e Rafael Sobis empatou. Aí, Edilson chutou na trave, mas Robinho teve o pênalti defendido por Grohe. Everton voltou a acertar a trave, e Murilo também teve penal defendido pelo goleiro tricolor. Na sequência, Arthur e Raniel marcaram, mas Fábio defendeu a cobrança de Luan e Thiago Neves sacramentou a classificação celeste.
Corinthians vence em jogo isolado
O Timão obteve mais um resultado importantíssimo na luta pelo título do Campeonato Brasileiro. Disputando um jogo adiado e isolado da competição, a equipe venceu a Chapecoense por 1 a 0 em plena Arena Condá. Jô, sempre ele, foi o autor do único gol da partida. Agora o Corinthians chegou a 50 pontos, dez a mais do que o vice-líder Grêmio.