Força-tarefa interestadual desmantela quadrilha de caixeiros

Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão em diversas cidades

Força-tarefa interestadual desmantela quadrilha de caixeiros

Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão em diversas cidades

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Santa Catarina realizou a Operação Integração no estado ontem. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em vários municípios. Segundo o Gaeco, foi expedido um mandado para Brusque, contudo, a pessoa já havia sido presa na semana passada em Rio do Sul, no Alto Vale. A esposa dele também havia se mudado da cidade.

A operação desmantelou uma organização criminosa que atuava na explosão de agências bancárias para a prática de furtos e roubos. Os chamados “caixeiros” atuavam no Norte catarinense e em municípios paranaenses próximos à divisa com Santa Catarina. As investigações começaram em fevereiro de 2017. Nos últimos cinco meses foram presas 16 pessoas, 12 delas são suspeitas de integrarem a quadrilha.

Na operação de ontem foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão em residências nas cidades de Camboriú (SC), Balneário Camboriú (SC), Itapema (SC), Navegantes (SC), Brusque (SC), Rio Negrinho (SC), Água Doce (SC), Calmon (SC), Fazenda Rio Grande (PR), Quitandinha (PR), Araucária (PR), Curitiba (PR), Pinhais (PR) e Tijucas do Sul (PR). Também foram presos cinco em flagrante e cumprido um mandado de prisão.

No cumprimento dos mandados foram apreendidos diversos objetos relacionados com os crimes investigados e que serão encaminhados ao Poder Judiciário, tais como, cinco revólveres calibre 38; sete espingardas calibres diversos; munições; e 80 quilos de explosivos arrecadados na residência de um dos investigados, no município de Camboriú.

A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Santa Catarina, juntamente com a Polícia Militar do Estado do Paraná, por meio do 17º BPM de São José dos Pinhais, e apoio da Polícia Militar de Santa Catarina (Bope, 15º BPM de Caçador, Companhia de Porto União, 23º BPM de São Bento do Sul e 12º BPM de Balneário Camboriú).

Início das investigações
A investigação teve início com uma ação do Batalhão de Operação Especial (Bope) da Polícia Militar de Santa Catarina, em Irineópolis, no Planalto Norte Catarinense. Com base no relatório técnico operacional do Bope, a Promotoria de Justiça de Porto União instaurou um procedimento investigatório criminal com objetivo de apurar a atuação de organização criminosa voltada a prática delitiva de furtos e roubos a instituições bancárias com emprego de artefatos explosivos e armamentos restritos ao uso das forças armadas e instituições policiais.

Segundo a apuração, o esquema criminoso investigado deve estar envolvido nas ocorrências de arrombamento e explosões de estabelecimentos bancários nos Estados de Santa Catarina e Paraná.

Apreensões
Várias armas e munições também foram apreendidas durante o período de monitoramento do grupo criminoso, do total destaca-se: um fuzil israelense 7.62; 04 fuzis 5,56; uma espingarda calibre 12; cinco pistolas (9mm e .40); mais de 2 mil munições de 5,56 e 400 de 7.62.

Além disso, 15 kg de explosivos apreendidos antes da deflagração da operação.
Umas das características da organização criminosa era o nível de violência empregadas nas ações, tendo sido registradas três ocorrências com confronto policial, ocorridas em Quitandinha/PR, Canoinhas/SC e Janiopólis/PR.

A operação foi nominada de Integração em razão da união de esforços dos órgãos responsáveis pela Segurança Pública de Santa Catarina e Paraná que, em conjunto, conseguiram reduzir consideravelmente as ocorrências voltadas a essa modalidade delitiva.

As prisões dos integrantes da organização criminosa no decurso da investigação e da operação policial se deram nas mais diversas cidades de Santa Catarina e Paraná, dentre elas: Navegantes/SC; Rio do Sul/SC; Canoinhas/SC; Camboriú/SC; Rio Negrinho/SC; Curitiba/PR; Fazenda Rio Grande/PR; Janiópolis/PR; Quitandinha/PR; Peabirú/PR; Araucária/PR; e Campo Mourão/PR. A dimensão dos municípios demonstra a capilaridade do esquema criminoso investigado.

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