Fórum Sindical quer escola de soldados para Brusque
Durante reunião mensal, sindicalistas discutiram a necessidade de apoiar o 18º Batalhão da PM
Durante reunião mensal, sindicalistas discutiram a necessidade de apoiar o 18º Batalhão da PM
O 18º Batalhão de Polícia Militar ganhou mais um aliado na busca para trazer a escola de formação de soldados para Brusque neste ano. O Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores discutiu o aumento da criminalidade no município, na reunião mensal de segunda-feira, 22.
Os sindicalistas analisaram a necessidade do estado deslocar mais efetivo para a cidade e pretendem convidar o comandante da PM, tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, para discutir o assunto e ver de que forma as entidades podem auxiliar no reforço a esse pleito.
A presidente do Sintrivest, Marli Leandro, foi quem levantou o tema no encontro. Ela já havia conversado com o comandante em outra oportunidade. “A ideia principal é angariar forças dentro do município e trazer para Brusque a escola. Conseguindo isso, terá um aumento significativo na segurança, pois ao final do curso alguns soldados podem optar por ficar na cidade”, comenta.
A intenção do Fórum Sindical é fortalecer a ação que outras entidades têm encaminhado, para ganhar mais forças junto à Secretaria de Estado da Segurança Pública. O coordenador do Fórum Sindical, João Decker, afirma que precisam fazer com que Brusque seja uma das cidades escolhidas para receber a turma de soldados.
O comandante da PM afirma que a união de todas as entidades é bem vinda na luta para essa conquista. O curso de formação de soldados está previsto para ter início em junho, com 656 candidatos inscritos. “Temos grande chance de formar uma turma, mas precisamos do apoio político, pois estrutura já mostramos que temos. Inclusive, durante inspeção no último curso, fomos avaliados como exemplos no estado”, revela Gomes.
Brusque já foi por diversas vezes sede para escolas de soldados. A última turma foi formada em 2014, quando o curso iniciou em 2013. Na oportunidade, foram formados 32 policiais militares, sendo que 16 deles ficaram para o 18º Batalhão. “Eles foram distribuídos entre os nossos cinco municípios, mesmo sendo um número baixo, tivemos essa conquista. Se não tivéssemos recebido o reforço, estaríamos numa situação muito pior”, afirma o comandante.
O curso tem duração entre nove a dez meses e acontece conforme a disponibilidade do estado. Depois do quarto ou quinto mês, os alunos podem ser utilizados nos serviços ostensivos, nas ruas. Com isso, para Gomes, os policiais começam a conhecer o município, as particularidades, trabalhar nos locais de maior probabilidade de ocorrências e passam a ter uma identidade do município e região. Segundo o comandante, o Batalhão tem capacidade de receber até 60 alunos, pois além da estrutura física, conta com instrutores capacitados, apoio da sociedade e fundos municipais que auxiliam e possibilitam fazer cursos e treinamentos.
Acibr e CDL também se unem
O comandante Gomes ressalta que a Associação Empresarial de Brusque (Acibr) e Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL) também já se uniram para trazer a escola de formação para o município. “Em março está marcada a ida de uma comitiva até Florianópolis, na sede da Secretaria de Segurança Pública, para cobrar o pedido, que já havia sido feito no ano passado”, conta.
Para o tenente-coronel, quanto mais as entidades do município se unirem, mais forças ganharão para tornar possível o desejo. “É uma causa de todos nós. Se perdermos a oportunidade, não sei como será este ano, que teremos tantos eventos para apoiar. Pois se a escola não vier, deveremos receber mais efetivo somente para meados de 2017 e precisamos, ao menos, minimizar os problemas de criminalidade em Brusque”, diz.
Com a escola no município, o comandante afirma que ganharão um fôlego a mais para continuarem fazendo o trabalho de excelência na região.