GALERIA – Fé motiva peregrinação de Brusque a Nova Trento nesta Sexta-Feira Santa: “Se não vamos, parece que falta algo”

Caminhada é tradicional nos dias que antecedem Páscoa

GALERIA – Fé motiva peregrinação de Brusque a Nova Trento nesta Sexta-Feira Santa: “Se não vamos, parece que falta algo”

Caminhada é tradicional nos dias que antecedem Páscoa

Fiéis de Brusque e região acordaram cedo na manhã desta Sexta-Feira Santa, 29 de março, para partirem em peregrinação rumo ao santuário de Santa Paulina, em Nova Trento. Motivados pela fé, os peregrinos foram até o santuário caminhando e de bicicleta.

A Sexta-Feira Santa é uma data religiosa que lembra a crucificação e morte de Jesus. Neste dia, fiéis geralmente cumprem promessas por graças alcançadas. A peregrinação de Brusque a Nova Trento pelo bairro Cedro Alto é uma tradição anual.

Homens e mulheres de várias idades percorreram as ruas até Nova Trento. Além do ato em agradecimento às graças recebidas, a passagem pelo trajeto é uma superação de limites aos fiéis, que enfrentam os desafios do longo caminho.

Os amigos Lucas Paulo Ricardo Riffel, do Centro, e Douglas Hassmann, do bairro São Luiz, acordaram às 4h e iniciaram a caminhada às 5h. Eles voltam a peregrinar até Nova Trento após quatro anos sem percorrer o trajeto.

“Nossa fé nos motiva a fazer essa penitência para agradecer por tudo que temos”, afirma Lucas. “Começamos em 2016 e participamos até 2019. Depois, houve a pandemia e agora resolvemos voltar com a caminhada”, relata.

“A longa jornada de caminhada gera cansaço, mas caminhamos em busca da nossa fé. Com a fé, tudo se torna tranquilo”, crê Douglas. “Quando chegamos lá, é gratificante. É uma sensação única”, valoriza.

Lucas Paulo Ricardo Riffel (esq.) e Douglas Hassmann (dir.) passaram pelo bairro Souza Cruz no final da madrugada. Foto: Thiago Facchini/O Município

Neste ano, muitas pessoas optaram por realizar o trajeto de bicicleta, público que notoriamente se tratava da maioria dos peregrinos. Roberto Suga, que é de Blumenau, foi para Guabiruba de carro para pedalar com o cunhado Fabrício Seco até o santuário.

“Além do contexto religioso e cultural, estamos motivados pela atividade física e esportiva. Meu cunhado me convidou e esta é a primeira vez que faço o trajeto. Ele já fez, gostou e, como a experiência foi válida, estou indo também”, diz Roberto.

Cunhados Fabrício Seco (esq.) e Roberto Suga (dir.) fizeram uma pausa na entrada do bairro Dom Joaquim. Foto: Thiago Facchini/O Município

A peregrinação a Nova Trento é uma tradição para os amigos Darci Luiz Silva, morador do bairro Guarani, Celso Mannrich e Fábio Albino, estes que moram na entrada de Guabiruba. Tudo começou com uma promessa feita por Darci há 20 anos. Nesta ocasião, além dos três, outras cinco pessoas partiram ao santuário no mesmo grupo.

“Já fazem 14 anos que realizamos o trajeto. É uma tradição. Começamos em dois e depois juntamos mais pessoas”, conta Celso. “O morro é um desafio bem grande. É a parte mais difícil”, avalia Fábio, em referência à estrada de chão após o Pesque e Pague Russi, na localidade do Ribeirão do Mafra.

Por volta das 6h30, quando o dia já tinha começado, os amigos ciclistas Fabrício da Silva Costa e Jonathan Dognini, ambos do bairro Dom Joaquim, já subiam o morro após o Russi. “Para nós, é uma rota conhecida”, relata Fabrício. É a primeira vez que os dois peregrinam juntos.

“Realizamos este pedal como uma promessa, para cultivar nossa fé e alcançar nossos objetivos”, justifica Jonathan, que não tem o caminho como uma novidade. O morador do Dom Joaquim pedala pela região semanalmente.

Jonathan Dognini (esq.) e Fabrício da Silva Costa (dir.) no morro após o Russi. Foto: Thiago Facchini/O Município

Moradores do bairro Cedro Alto, o casal Gilmar dos Santos e Sandra Faustino Mendes dos Santos faz o trajeto anualmente, seja na Sexta-Feira Santa ou não. Eles foram convidados pela amiga Ana Venzon, que já faleceu, e levam ela no peito em uma camiseta com a foto de Ana e a frase “a caminhada continua”.

O convite da amiga ao casal foi feito há 13 anos. Eles percorrem o caminho em grupo. “Todos os anos temos que vir. Se não vamos, parece que falta algo”, relata Sandra. O casal paranaense mora em Brusque há 19 anos.

Casal Sandra Faustino Mendes dos Santos e Gilmar dos Santos vestem camiseta em homenagem à amiga Ana Venzon. Foto: Thiago Facchini/O Município

Semana Santa

A Semana Santa é considerada o período mais importante do ano para a Igreja Católica. O primeiro dia foi o Domingo de Ramos, que ocorreu em 24 de março. Nesta quinta-feira, dia 28, foi celebrado o chamado lava-pés, em referência a quando Jesus lavou os pés dos discípulos na última ceia.

Já a Sexta-Feira Santa representa a morte de Jesus crucificado, após ser condenado por Pilatos a ser flagelado e executado na cruz. O Sábado de Aleluia neste dia 30 de março, véspera da Páscoa, celebra o aguardo pela ressurreição, que ocorre finalmente no Domingo de Páscoa, 31.

Neste período, diversas apresentações teatrais da Paixão de Cristo ocorrem em memória à crucificação e morte de Jesus. Em Guabiruba, por exemplo, a cada dois anos é realizado o espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre. Neste ano, o município sedia as apresentações.

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Thiago Facchini/O Município
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Bombeira sofre fratura no pé, enquanto salva mulher que se afogava no rio Itajaí-Mirim, em Brusque:


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