Guabirubense irá apresentar look em concurso internacional de Moda Inclusiva, em São Paulo
Look foi desenvolvido por equipe da Uniasselvi para modelo com Síndrome de Down
Look foi desenvolvido por equipe da Uniasselvi para modelo com Síndrome de Down
Guabiruba terá uma representante no 10º Concurso de Moda Inclusiva Internacional de São Paulo, que será realizado em 28 de novembro na capital paulista. A estudante Carla Beatriz Schlindwein, do curso de Moda da Uniasselvi, foi uma das 20 selecionadas para participar do evento e irá apresentar um look criado para modelo com Síndrome de Down.
O croqui escolhido para o evento, de acordo com a professora Karin Regina Kohler Formonte, uma das orientadoras, é composto por um vestido azul, capa preta e chapéu. “A inspiração deste look representa a beleza e a magia dos mares. Os bordados foram criados para representar a flora marítima, como as anêmonas e as algas do fundo do mar, e serão confeccionados com fio de malha, resíduo da nossa indústria pensando na sustentabilidade”, explica.
Desenvolvido para portadores de Síndrome de Down, o look tem a proposta de ser uma experiência lúdica e que provoque encantamento, além de ser fácil de vestir: possui um zíper que pode ser fechado ou aberto sem a ajuda de outra pessoa.
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“Foi uma surpresa e uma gratificação para nós, do curso de Moda da Uniasselvi, conseguirmos destaque neste concurso. E sabemos que será um desafio realizar de forma mais perfeita possível, o croqui criado pela aluna Carla. Nesta hora precisamos unir forças para fazer o melhor na execução do traje, afinal estaremos num evento internacional.”
Moda e sustentabilidade
Por meio do projeto, Karin ressalta que a equipe tem como objetivo chamar a atenção para a inclusão e sustentabilidade, e também provocar uma reflexão sobre estes temas. “A inclusão social é o conjunto de meios e ações que combatem a exclusão provocada pelas diferenças de classe social, educação, idade, deficiência, gênero”, entre outros fatores. “Inclusão social é oferecer oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todos.”
O look apresentado foi criado utilizando material descartado, e para os detalhes, resíduos da indústria. Dessa forma, Karin questiona: “Estamos fazendo o possível para preservar nosso ecossistema? Estamos sendo justos com as diferenças? Incluímos todas as pessoas perante a sociedade?”.
Além disso, a Uniasselvi busca destacar seus alunos e profissionais. De acordo com a professora, o evento é um importante reconhecimento da capacidade da equipe, que será representada pela aluna Carla.
Confecção
O projeto foi apresentado pela professora Marina Pereira Sbardelatti Ricken e os alunos interessados criaram croquis para o concurso. “O projeto tinha como base o desenvolvimento de três looks completos, com ficha técnica e painel de inspiração baseados no mundo da Moda Inclusiva”, conta Karin.
Para a execução, foi montada uma equipe integrada pela aluna Carla e a professora Karin, responsáveis pelos bordados e acabamentos; professora Marina, que fez a costura; e a modelista voluntária Simone Boos, moradora de Guabiruba, que ficou com a parte de modelagem.
A modelo com Síndrome de Down para quem o look foi desenvolvido, por questões financeiras, não fará parte da viagem. No desfile, uma modelo de São Paulo irá apresentar as peças. “Para ir ao evento, conseguimos apoio de vários empresários, maioria de Guabiruba. Do contrário não conseguiríamos ir.”
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Inclusão
As roupas desenvolvidas para pessoas que possuem algum gênero de deficiência necessitam de ajustes que atendam às necessidades do usuário. Conforme Karin, é preciso criar roupas para que todas as pessoas se sintam confiantes, bonitas e incluídas na sociedade.
Para isso, são utilizados recortes, relevos e detalhes que facilitam o manuseio da pessoa com deficiência, seja ela física ou psíquica. Além disso, utilizar o símbolo da audição para surdos, por exemplo, é importante para a resposta das outras pessoas e para o posicionamento do usuário perante a sociedade.