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Aos 18 anos, recém-formada no segundo grau, Ivana Bork Kuhn, 55 anos, foi contratada para atuar no financeiro do Escritório Contábil Heinig. Era abril de 1984 quando ela começou no novo emprego e de lá pra cá já se passaram quase 37 anos.
No escritório, ela se interessou por contabilidade e desenvolveu sua carreira. De acordo com ela, a estabilidade no emprego vem de família, já que cinco familiares sempre trabalharam por muitos anos em uma mesma empresa.
Com o passar dos anos, Ivana foi aprendendo cada função dentro do escritório. Ficou 10 anos no setor financeiro. Nesse período engravidou e quando retornou da licença maternidade recebeu uma oportunidade no departamento pessoal do escritório, que lidera até hoje.
Toda mudança gera medo, mas a gente enfrenta. Ninguém é incapaz de aprender. Eu não fiquei pra trás, consegui evoluir junto
“A empresa acompanhou muita coisa e sempre me deu muita liberdade para cuidar dos meus filhos. Acho que isso foi fundamental, consegui conciliar o trabalho com a maternidade em todos esses anos”, diz.
A forma de trabalho no escritório mudou muito nesses quase 37 anos. Ivana iniciou utilizando a máquina de escrever, caneta e calculadora. Hoje, todos os processos são digitalizados. Foi preciso se adaptar às novas tecnologias.
“Tive que me adaptar a todas as mudanças. Hoje temos vários sistemas, computador, quase não se faz mais nada em papel. Toda mudança gera medo, mas a gente enfrenta. Ninguém é incapaz de aprender. Eu não fiquei pra trás, consegui evoluir junto”, destaca.
Ao longo desses anos, Ivana chegou a receber propostas de outras empresas, mas decidiu permanecer no escritório que lhe deu oportunidade quando ainda era muito jovem.
“Sempre fui muito leal. Tenho um cargo de confiança. Sei que precisam de mim. Acho que me sentiria mal de sair para outro lugar”, afirma.
Há mais de 20 anos, Ivana lidera o setor de Recursos Humanos do escritório. Para ela, é uma área muito desafiadora. “O RH é uma escola, cada dia uma novidade para aprender”.
Vir pra cá é como vir pra minha segunda casa
No ano passado, nos primeiros meses da Covid-19, o setor foi bastante exigido. “Foram muitas mudanças e tudo muito rápido. Tudo reflete no RH, esse é o setor para onde as empresas ligam para se informar, então temos que estudar muito para orientar o cliente”.
Foi nesse período estressante da pandemia, que Ivana pensou pela primeira vez, eu parar de trabalhar. “Nunca tive tanta vontade de desistir como em 2020, mas felizmente consegui superar mais esse desafio”.
Superadas as dificuldades de 2020, Ivana segue firme trabalhando naquela que considera sua segunda casa. “Já convivi mais aqui com meus colegas do que com a família. Passamos mais tempo no trabalho do que em casa, então a gente precisa gostar muito e eu gosto do que eu faço. Só de pensar em levantar da cama e não ter que vir pra cá é muito esquisito. Vir pra cá é como vir pra minha segunda casa”.