João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Dia do Gráfico

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Dia do Gráfico

João José Leal

No começo desta infinita caminhada cósmica sobre a Terra, nossos ancestrais viviam em cavernas que a mãe natureza lhes oferecia como abrigo contra intempéries e animais ferozes. Carpinteiro, pedreiro, pra que, se a casa estava pronta? Eletricista, encanador, engenheiro e arquiteto nem nos seus sonhos fantasmagóricos os protótipos da ancestralidade humana podiam imaginar que um dia seriam necessários. Para comer, pra que trabalhar, se os frutos do sustento podiam ser colhidos nas matas e florestas?

Assim foi por milhões de anos até que o trabalho produtivo se tornasse indispensável à preservação da vida humana e ao desenvolvimento de uma vida social cada vez mais complexa. Então, surgiu o Homo faber, nosso parente primitivo capaz de realizar uma atividade consciente e orientada para determinado fim, habilidade que traçou uma linha divisória entre humanos e os outros animais. Surgiram então as profissões, a primeira, provavelmente, a de agricultor, iniciando um infindável processo de criação de novas atividades laborais para atender às necessidades cada vez mais sofisticadas do ser humano.

Uma delas é a do gráfico, profissional que trabalha na produção de materiais impressos de todos os tipos, como por exemplo livros, jornais, revistas e documentos. Historicamente, pode-se dizer que essa profissão foi consequência da invenção da prensa por Gutenberg. Sua máquina ou invento usava tipos metálicos com letras em alto relevo e tinta para imprimir e reproduzir textos sobre papel. Foi uma verdadeira revolução cultural.

Livros antes manuscritos e editados um a um, puderam ser reproduzidos às dezenas, às centenas e aos milhares. Hoje, aos milhões. A Bíblia, primeiro livro impresso pela nova técnica, abriu caminho para que o conhecimento se tornasse acessível a um número cada vez maior de pessoas. E as gráficas tornaram-se importantes estabelecimentos industriais e comerciais, criando trabalho para um grande contingente de profissionais atuando na área da edição e impressão de textos escritos. Atualmente, também na produção de imagens sobre painéis, cartazes e outros por meio da linguagem visual.

No Brasil, estima-se que as gráficas empregam por volta de 200 mil trabalhadores, que hoje comemoram o seu dia trabalhando duro. Neste novo tempo cibernético, em frente a computadores e impressoras eletrônicas. Em Brusque, não sei ao certo, devem ser mais de centenas, todos trabalhando de uma forma ou de outra na produção de impressos sobre papel.

Como não são funcionários públicos, comemoram (se é pode dizer, comemorar!) o dia da sua profissão sem feriado. Mas, certamente, lembrarão que o calendário das datas comemorativas assinala que, hoje, é o Dia do Gráfico.

Parabéns e um abraço aos gráficos brusquenses.

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