Depois de anos de costura, Lea realizou o sonho da reforma – Crédito: Sarita Gianesini |
Foi com o pai, seu Aleixo, que Erondina, mais conhecida como Lea, aprendeu que palavra é o que vale. E com a mãe, dona Emília, que Erondina aprendeu a costurar. Dona Emília, de quem lembro apenas dos cabelos brancos, ensinou as cinco filhas a costurar. Aos 22 anos, mãe da primeira filha, Josi, Lea começou a costurar para ajudar o marido nas despesas de casa.
E na Singer própria, ela foi virando noites. Às vezes, eram dez vestidos de festa em uma semana. E quando chegava mais uma encomenda, ela dava um jeito, fazia mais um. Sem perceber, dormia sentada em frente à máquina, face repousando na mão. Mas não reclamava, ao contrário.
– Sempre agradeci a Deus, por poder trabalhar em casa e cuidar dos meus filhos.
E veio a caçula. Cristina. E o casamento da mais velha, ainda jovem, aos 19 anos. E o primeiro neto estava a caminho, esperado como o Menino Jesus. No nascimento de Anderson, a primeira dificuldade.
– Não era meu filho, mas era como se fosse meu. Porque eu amei tanto aquela criatura, acima de tudo. E quando ele nasceu, precisei trabalhar mais ainda, porque a minha filha tinha que ir toda semana para Curitiba com ele.
E da máquina, Lea tirava o que precisava para ajudar os pais do menino. Plano de saúde completo, fisioterapia, fonoterapia. E a segunda neta: Heloíse. Foi aí que a avó pegou o neto para morar na casa dela, aos dois anos. Depois de quatro anos de luta, Anderson partiu como anjo.
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