1º dia: final de dia
Cheguei em Ottawa depois do meio dia, fiz check in no hotel, tomei aquele banho maravilhoso depois de mais de um dia de viagem, e então comecei a desbravar a capital do Canadá. Já era final de tarde, mas como fui no verão, um dos pontos positivos é que o dia é longo! Iniciei pelo Rideau Canal, que possui 200km de extensão ligando as cidades de Ottawa e Kingston. Claro que nao passeei por tudo, fui direto no Ottawa Locks, que são as Eclusas do Canal, e ficam próximas ao famoso hotel Fairmont Château Laurier, e no encontro com o rio Ottawa. Se você for para a cidade no inverno, o canal congela e se transforma no maior ringue de patinação do mundo, com 7,8 km de extensão.
Nas partes que margeia Ottawa há calçadões, bancos, áreas verdes e parques, provendo um passeio com uma vista bem bonita dos arredores. Terminei o dia no Tavern of the Hills, um lugar que no verão é super descolado e tem uma vista incrível do Parlamento. Peguei uma cerveja, sentei na minha poltrona e fiquei observando as pessoas e o pôr do sol, no verão acontece por voltas das 21h.
Dica: nestes lugares ao ar livre, confira o horário do pôr do sol – tem aplicativos para baixar no celular – e tente chegar pelo menos 30 minutos antes.
2º dia
O local mais importante a ser visitado: a Colina do Parlamento. O principal cartão-postal da cidade é composto por três edifícios em estilo gótico. Pode ser visitado sozinho ou fazer um tour guiado – em inglês ou francês. Os bilhetes do tour são distribuídos – gratuitos – no outro lado da rua logo em frente ao Parlamento. Cheguei cedo para pegar o bilhete, e fiz o tour em francês – já que eu tinha ido para estudar francês.
Foi construído entre 1859 e 1866. O prédio central é sede da Casa dos Comuns e do Senado, com a Torre da Paz a sua frente e a maravilhosa biblioteca. Os prédios do lado leste e oeste contêm escritórios dos ministros e senadores. Adorei o passeio, o interior muito bem conservado e rico em histórias, e claro que o que eu mais gostei foi a biblioteca. A Centenial Flame – Chama do Centenário – fica logo em frente ao prédio central, fui lá conferir depois do tour.
Depois peguei um Uber, uns cinco minutos, e fui até a National Gallery of Canada, que é a maior galeria de artes do país, com um acervo composto por mais de 25 mil obras de arte. De arquitetura moderna e toda envidraçada, o prédio chama atenção de longe. Além disso, logo na entrada tem uma escultura de uma aranha gigante, toda de cobre, de Louise Bourgeois, com mais nove metros de altura.
Depois de conferir os meus pintores preferidos, atravessei a rua para conhecer outra belíssima obra de arte, a Catedral de Notre-Dame, que é a maior e mais antiga de Ottawa. Composta por arcos de estilo gótico e grandes colunas, nas cores azul e dourado.
Dali a fome começou a dar sinal, fui caminhando até a região de ByWard Market para almoçar. O distrito, localizado bem próximo da região central, reúne lojas, restaurantes cafés, mercados, artesanato e várias opções de lazer e entretenimento. No caminho passei pelo The National War Memorial – Memorial de Guerra.
Almocei no pub escocês Highlander. Eu gostaria de ter sentado do lado de fora, para acompanhar o movimento da cidade, mas estava muito calor, e eu precisava muito de uma tomada para carregar o celular, acabei optando por uma mesa na parte de dentro. O bar é supertradicional na cidade, tem uma decoração bem chamativa. Os funcionários atendem vestindo o kilt, roupa típica da Escócia. Pedi uma cerveja e um hambúrguer, que estava delicioso.
Se ainda tiver espaço para sobremesa, vá conferir um dos clássicos da região, o BeaverTails, que é uma massa frita no formato de um rabo de castor, tem recheios de açúcar e canela, nutella, morango e outras frutas. Sempre tem um espacinho para a sobremesa né.
Continuei caminhando, passei pelo Ottawa Sign, subi as escadas York Steps, e fui indo até chegar em Nepean Point, um mirante que a esquerda você poder ver a cidade de Ottawa e o Parlamento. E do lado direito tem a cidade de Gatineau.
Ainda poderia ter ido visitar dois museus, porém eu já estava mais que satisfeita e retornei ao hotel para descansar. Um dos museus é logo atravessando a Alexandre Bridge que está ao lado do Nepean Point, Museu da História Canadense, e o outro fica mais afastado, Museu de Guerra Canadense.
Faltava ainda um lugar que eu queria conhecer. Fairmont Château Laurier, um hotel daqueles de cinema. Quando você entra é de encher os olhos com tantos detalhes e beleza, o hall com poltronas na cor vinho, um lindo lustre e móveis em madeira talhadas. O restaurante me pareceu muito sério, fui então no bar Zoe, bonito, meia luz, pouca gente. Sentei perto da janela que dava vista para a rua iluminada do centro da cidade. Pedi um vinho rose do Niágara – região vinicultora do Canadá – junto recebi uns salgadinhos como entrada. Então pedi um tartar de salmão que veio acompanhado de batatas chips, estava delicioso. Ótima maneira de finalizar meu passeio.
Foram meus primeiros dias sozinha viajando, e a cidade foi mais que especial para ter iniciado a minha aventura. Desde o comeco me senti muito bem, e super segura de andar sozinha, mesmo à noite. Foi apenas um dia e meio de passeio, mas posso dizer que adorei, a ideia agora é voltar no inverno e patinar no Canal, fica a dica!
“Muito do que somos é onde nós fomos”
William Langewiesche