Marcelo Cabo, após derrota para a Ponte Preta: “o pior tempo sob meu comando”

Treinador aponta falta de competitividade e erros no ataque, além de destacar os problemas com lesões

Marcelo Cabo, após derrota para a Ponte Preta: “o pior tempo sob meu comando”

Treinador aponta falta de competitividade e erros no ataque, além de destacar os problemas com lesões

O técnico Marcelo Cabo, do Brusque, criticou sua equipe após a derrota por 2 a 0 para a Ponte Preta, nesta quarta-feira, 23, pela 33ª rodada da Série B. Ele vê diferenças claras entre as atuações no primeiro e no segundo tempo, a partir da falta de competitividade e de qualidade no ataque. O segundo revés consecutivo deixa o quadricolor na 19ª posição, complicando consideravelmente a luta contra o rebaixamento.

“Foram dois tempos bem distintos. A gente fez um bom primeiro tempo. E um segundo tempo para se apagar. Fizemos um primeiro tempo em que a gente, dentro do Moisés Lucarelli, foi dominante. Tivemos as melhores oportunidades, tivemos posse de bola, conseguimos adentrar o último terço. Então foi um bom primeiro tempo, em que causamos muita dificuldade para a Ponte Preta”, inicia.

A queda de rendimento foi tamanha a ponto de Marcelo Cabo considerar que a etapa complementar foi o pior tempo já feito pelo Brusque nos oito jogos sob seu comando. O quadricolor perdia muitas disputas de bola e, quando chegava ao ataque, não criava perigo algum.

“Um segundo tempo completamente diferente, em que a gente não conseguiu competir. Deixamos o adversário à vontade no jogo. Quando chegávamos ao último terço, nossa tomada de decisão era muito ruim. Proporcionava as transições do adversário. Perdemos quase todos os duelos do segundo tempo. Primeira, segunda bola. E aí a Ponte Preta foi dominante no segundo tempo. No segundo tempo não fomos nem sombra do que fomos no primeiro tempo. E talvez tenha sido o pior tempo feito pela equipe sob meu comando.”

“Culminou em uma derrota, e a gente não poderia ter desperdiçado esta oportunidade de sair daqui com os três pontos. Se a gente faz um segundo tempo como o primeiro, certamente a gente ia sair vencedor dessa partida. E o segundo tempo me preocupa pela falta de competitividade da nossa equipe.”

Lesões

Para a partida, o Brusque teve nove desfalques por lesão. Três destes jogadores atuaram na rodada anterior, na derrota em casa diante do CRB: Rodrigo Pollero, Cristovam e Paulinho Moccelin. Continuam fora Matías Ocampo, Keké, Osman, Cristovam, Alex Ruan, Éverton Alemão e Maurício. Além disso, Diego Mathias e Dentinho cumpriram suspensão. Ao todo, foram 12 desfalques de um elenco de 36 atletas.

“A gente tá sofrendo aquele problema de final de temporada. Hoje o Brusque teve nove ausências. Nove desfalques. Jogadores importantes. A gente tinha poucas opções na frente. Então eu tive que fazer até algumas improvisações, porque quando você pensa numa equipe, você tem que pensar numa equipe para iniciar o jogo e nas alterações.”

Além dos desfalques, diversos jogadores estão sem condições de atuar por 90 minutos. O lateral-direito Mateus Pivô, titular desde que chegou ao clube, segue com dores no joelho. Precisou ter seu retorno acelerado, sem passar pelo tempo de transição adequado, e foi substituído no intervalo por Ronei, que também não está 100%.

Das cinco substituições feitas por Marcelo Cabo contra a Ponte Preta, três envolveram a entrada de atletas que não vinham jogando com frequência: Cauari, Luiz Henrique e Jhemerson.

“Com a ausência e a lesão do Cristovam, nós tivemos que acelerar a volta do Pivô e do Ronei, que tava com o tornozelo ainda com problema. Ali eu teria dois jogadores que talvez suportassem um tempo cada um. O Luiz [Henrique] estava programado só para 45 minutos, poderia ter me dado uma opção de começar o jogo. O Jhemerson, programado para 30, 35 minutos. Então, nós até aceleramos um pouco a volta do Jhemerson hoje pelos problemas clínicos que a gente tá sofrendo”, explica o técnico.

“Para você ter uma ideia, tive que aguardar a última substituição porque o Ronei disse para segurar, porque talvez precisaria ter sido substituído, e entrou no intervalo”, completa.

Com expressão abatida após a derrota, Marcelo Cabo destacou também as ausências mais recentes, de Paulinho Moccelin e Pollero, sem conseguir confirmar se o centroavante estará à disposição da próxima partida, contra a Chapecoense. O jogo está marcado às 19h desta terça-feira, 29, no Augusto Bauer.

“Eram dois jogadores que seriam titulares nesta equipe de hoje, o Moccelin e o Pollero. O Moccelin teve um problema na panturrilha, no treino. E ontem, o Pollero teve um problema também no treino, acabou escorregando. Está entregue ao departamento médico, fez o exame ontem. (…) Vamos aguardar o parecer médico e tentar fazer de tudo para que ele volte, porque todas as ausências são de jogadores importantes.”


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