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Material radioativo em para-raios é recolhido em prédio no São Luiz, em Brusque

Apesar de não oferecer alto risco, empresa especializada recomenda a troca de estruturas como esta

Material radioativo em para-raios é recolhido em prédio no São Luiz, em Brusque

Apesar de não oferecer alto risco, empresa especializada recomenda a troca de estruturas como esta

Ao longo do tempo, com a evolução da tecnologia e o avanço da ciência, materiais radioativos, que eram usados em produtos do dia a dia, como brinquedos, tintas e até em cremes dentais, passaram a ser proibidos. Em alguns locais, porém, algumas estruturas contendo esse tipo de substância permanecem até hoje, muitas vezes sem que os proprietários tenham conhecimento.

Na manhã desta quinta-feira, 18, por exemplo, um captor radioativo, que ficava em um para-raios, foi recolhido por funcionários da empresa Rodrigues Preventivos na Casa Padre Dehon, que fica no bairro São Luiz, em Brusque. O material utilizado era o Amerício-241, que foi proibido no fim da década de 1980.

De acordo com Henrique Rodrigues, engenheiro civil e proprietário da empresa Rodrigues Preventivos, que trabalha no ramo de segurança contra incêndio com sistema de descargas atmosféricas, é possível que outros prédios da cidade tenham esse mesmo material em sistemas de para-raios.

Funcionários da Rodrigues Preventivos trocaram o captor do Amerício-241 por um outro autorizado pela ABNT | Foto: Vitor Souza/Arquivo O Município

Ele conta que recentemente, em visita à casa, verificou a presença do captor no telhado. Anteriormente, a empresa dele já havia retirado uma estrutura parecida de outros lugares.

“Eu os informei e nos oferecemos para fazer a retirada. A utilização de radiação em para-raios iniciou na década de 1970 e foi proibida no fim da década de 1980. Quanto mais antiga a edificação, maior a chance de ter um captor desses”, conta.

Amerício-241 não apresentava um risco tão grande por estar em cima do telhado, mas, por precaução, a empresa recomenda o recolhimento | Foto: Vitor Souza/Arquivo O Município

Henrique explica que o Amerício-241 não apresenta um risco tão grande, neste caso, por estar em cima do telhado, mas, por precaução, a empresa recomenda que ele seja recolhido. O material demora cerca de 400 anos para perder a eficácia dele pela metade. Portanto, ainda está no ápice de sua radiação.

“Ele era utilizado em para-raios porque, na teoria, a radiação faria com que o ar ao redor do captor ficasse ionizado, com carga positiva. Como a descarga atmosférica tinha carga negativa, seria realizada a captação. Mas não foi confirmada a eficácia disso. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) orienta sobre as instalações de para-raios e indica que não são admitidos quaisquer recursos artificiais destinados a aumentar o raio de proteção dos captores, tais como captores com formatos especiais, ou de metais de alta condutividade, ou ainda ionizantes, radioativos ou não”, explica.

Os funcionários da empresa estiveram no local para recolher o Amerício-241 e trocar por um novo sistema no para-raios, chamado de franklin.

O material recolhido vai ser encaminhado para o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear, em Minas Gerais, para que seja descartado da forma correta.

Destino do material recolhido é o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear, em Minas Gerais | Foto: Vitor Souza/Arquivo O Município

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