Médica de Brusque que deu alta a paciente com vértebra fraturada pagará indenização
Uma médica plantonista do Hospital Azambuja que concedeu alta prematura a vítima de acidente de trânsito e não identificou lesão na vértebra nem com exame de raio-X, mesmo após inúmeras reclamações do paciente sobre dores na região da coluna, deverá pagar indenização por danos morais.
A decisão foi da 2ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça, que confirmou o valor de R$ 5 mil e não reconheceu culpa do hospital, pois “atos técnicos praticados por médicos sem vínculo empregatício são imputados diretamente ao profissional”.
O homem informou que, após sofrer acidente de trânsito, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao hospital.
Embora sentisse muitas dores no pescoço, fez alguns exames e logo recebeu alta sem indicação conclusiva sobre o estado de saúde. Posteriormente, descobriu que necessitava de procedimento cirúrgico, pois sofreu grave fratura nas vértebras.
A médica, por sua vez, argumentou que o paciente não apresentava nenhuma alteração no exame neurológico e, após radiografia, não foi visualizada nenhuma lesão.
O desembargador Rubens Schulz, relator da matéria, embasado em laudo pericial, considerou culposa a atitude da médica plantonista.
“O exame em que se baseou a profissional, segundo argumentação do perito, foi tecnicamente ruim, sendo que nesses casos deveria mandar repetir o exame a fim de melhor identificar o quadro apresentado pelo paciente, no mínimo”, concluiu o magistrado.