Morador do São Luiz, Zecão relembra trajetória como jogador, técnico e árbitro

Aos 63 anos, José Evilásio Dietrich mantém projetos de futsal e preside a associação de moradores

Morador do São Luiz, Zecão relembra trajetória como jogador, técnico e árbitro

Aos 63 anos, José Evilásio Dietrich mantém projetos de futsal e preside a associação de moradores

Quando começou os primeiros contatos com o esporte, José Evilásio Dietrich, o Zecão, 63 anos, queria ser jogador de futebol. Repetia um desejo comum aos colegas da época, de defender um dos clubes da cidade, se profissionalizar e, talvez, seguir uma carreira no esporte.

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Ele chegou a atingir parte do sonho de infância, fazendo toda a categoria de base no Carlos Renaux. Chegou a disputar partidas pelo time principal e esperava se firmar como jogador, mas foi na formação de jovens atletas e no apito que Zecão encontrou o espaço para se manter ativo até hoje.

Os primeiros chutes na bola vieram em um campo já inexistente no bairro São Luiz. A área pertencia ao clube que levava o nome do bairro. Depois de um amistoso, ainda em 1969, foi convidado a integrar os times de base do Vovô do futebol catarinense.

Apesar do gosto e dedicação, a carreira nos campos precisou ser reformulada de forma brusca. O ex-zagueiro foi impedido de continuar jogando após uma lesão.

Dedicação à formação
O cenário o fez deixar as quatro linhas para comandar os times. Como treinador, atuou com um foco nas categorias de base. Foi um dos criadores do Dente de Leite do Carlos Renaux, em 1975.

Também passou pelo Brusque e escolinhas ligadas à Sociedade Recreativa Humaitá, de Nova Trento, entre outros clubes e projetos de formação locais. “Tínhamos os melhores atletas e um bom trabalho de escolha e procura de jogadores”, lembra.

Os trabalhos como técnico também o levaram a integrar um projeto de formação de jovens atletas nos bairros de Brusque. Na época, o projeto Associação Desportiva nos Bairros (Adeb) tentava usar o esporte como forma de integrar jovens de diferentes pontos da cidade.

Segundo ele, mesmo com os desafios, ainda é possível manter este incentivo à prática esportiva. No entanto, na visão dele, o próprio contexto econômico atual dificulta o estímulo ao esporte. “O futebol se tornou algo caro. Há dificuldades. Vemos isso até mesmo aqui no bairro: alguns meninos não têm condições, mas tentamos ajudar da melhor forma possível”, destaca.

Esporte no futuro
Hoje, Zecão divide seu tempo de atuação entre a presidência da Associação de Moradores do Bairro São Luiz e o esporte. Mantém no ginásio de esportes o projeto Amigos do Futsal, que integra cerca de 36 jovens das proximidades. A área também é utilizada para outras práticas esportivas como o vôlei e o basquete, mas a falta de conhecimento limita o público que utiliza o local, na avaliação dele.

Para ele, manter o entorno do ginásio de esportes do bairro em funcionamento é uma forma de estimular a prática esportiva e melhorar a qualidade de vida dos moradores. O espaço tem passado por melhorias e fica à disposição de moradores durante a maior parte dos finais de semana, com brinquedos em uma área cercada.

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Segundo Zecão, a tendência é que, após uma possível aposentadoria, pretende focar na atuação esportiva. “Não para formar jogadores profissionais, mas para quem sabe encaminhar para outros times daqui.”

Transição ao apito
A atuação de Zecão como árbitro também é reconhecida na região e estado. Começou na atividade a pedido de amigos, em partidas amistosas. Em pouco tempo chegou a ser árbitro da Federação Catarinense de Futebol, que representou até 1986, quando decidiu trocar os campos pelas quadras.

No futsal, lembra com carinho dos jogos apitados no ginásio da antiga da Feira Industrial de Brusque (Fideb). Entre partidas de Jogos Escolares, Jogos Infantis e Jogos Universitários, acredita que o local tenha sido o que mais atuou durante a carreira de árbitro. Com tanto tempo de atuação, já cogitou encerrar com a atividade. “É muito tempo. Já viajei muito e tudo tem seu tempo, tem que dar espaço para os mais novos.”

Durante a atuação como árbitro, sempre manteve o trabalho com as escolinhas em paralelo. Mantém a rotina de atividades até hoje. Se orgulha de ter atuado ao lado de nomes importantes do cenário da arbitragem catarinense. Para Zecão, mesmo com a possibilidade de redução das atividades, a tendência é que ele não se afaste do esporte.

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