Moradoras de Brusque mantêm tradição e produzem amêndoas e cestas para a Páscoa

Celebrações contam com os tradicionais docinhos feitos artesanalmente

Moradoras de Brusque mantêm tradição e produzem amêndoas e cestas para a Páscoa

Celebrações contam com os tradicionais docinhos feitos artesanalmente

Na época da Páscoa, muitas tradições de diversas famílias de Brusque ressurgem, transmitidas de uma geração para outra ao longo dos anos. Montar as cestas das crianças, decorar com temas específicos e pintar casquinhas de ovos são apenas alguns dos costumes que florescem nesta época.

Além dos ovos de chocolate, a gastronomia caseira e local também brilha com receitas tradicionais da Páscoa. Uma delas é a de amendoim, envolto em açúcar ou chocolate, conhecido como amêndoa, apresentado em casquinhas ou sacos plásticos, tornando-se presença marcante nas cestas nesta época do ano.

A moradora do bairro São Luiz, Maria de Lourdes Civinski Kormann, de 74 anos, produz amêndoas que já são famosas no município. Segundo ela, tudo começou após o casamento e o nascimento das filhas.

Otávio Timm/O Município

“Comecei fazendo amêndoa branca, porém, quando comecei a fazer a preta, o negócio explodiu. Começamos fazendo para a família mesmo, para as minhas filhas. As pessoas foram conhecendo, gostando e pedindo. Hoje, não dou conta. Além da família toda, existem muitos pedidos para venda também”, conta Maria.

Ela produz todos os anos, e o processo começa dias antes da Páscoa, época em que os pedidos aumentam. “São quilos e quilos para entregar e fazer para a família. Cozinho 400 gramas em cada ‘panelada’. Há outras formas de fazer, mas não é a mesma coisa. A receita precisa ser feita na panela”, explica.

Otávio Timm/O Município

Cestinhas e ovos

Mauzi Baron Cunha, de 62 anos, é moradora do Azambuja e é famosa na região pela produção de doces pascoais, casquinhas de ovos e cestinhas de Páscoa. As cestas de Mauzi, inclusive, já foram vendidas até em supermercados.

“Sempre gostei de fazer essas coisas de Páscoa. Quando era pequena, não existiam os materiais de hoje, então enfeitávamos as cestas com penas de ganso. Minha mãe e minha avó não gostavam de fazer, então sempre tomei a frente. Hoje faço para toda a família, é um momento esperado pelas crianças”, conta.

Otávio Timm/O Município

A família de Mauzi é grande. Ao lembrar das Páscoas que viveu, ela recorda de um ano especial, quando fez uma surpresa para toda a família. Na ocasião, ela chamou os familiares para uma suposta ‘reunião’. Quando chegaram, ela avisou que tinha feito uma cesta para cada um, porém, eles precisavam procurar por elas.

“Aqui foi um momento de alegria que nunca me esquecerei. Muitos nunca tinham recebido nada parecido. Adultos sorrindo como crianças. É isso que me motiva. Ver o sorriso das crianças, das pessoas. É isso que é a Páscoa para mim. Faço tudo com muito amor e delicadeza. Quero deixar esse legado para os mais novos da família”, conta a moradora.

Otávio Timm/O Município

Além das cestinhas, Mauzi também produz doces e decora casquinhas de ovos para preencher com amêndoas. A prática já é realizada por seus familiares, que procuram manter a tradição da família. Entre eles está o sobrinho de Mauzi, Daniel Baron, que segue decorando casquinhas.

Arquivo pessoal

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