Morre Julinho Hildebrand, craque histórico de Paysandú e Renaux, aos 94 anos

Atacante teve carreira marcada por gols de cabeça e conquistas nos dois grandes rivais brusquenses

Morre Julinho Hildebrand, craque histórico de Paysandú e Renaux, aos 94 anos

Atacante teve carreira marcada por gols de cabeça e conquistas nos dois grandes rivais brusquenses

O esporte brusquense perdeu, na manhã desta segunda-feira, 8, Julinho Hildebrand. Ex-atacante de Carlos Renaux e Paysandú faleceu na manhã desta segunda-feira, 8, aos 94 anos. O velório ocorre na capela do Parque da Saudade, e o sepultamento será realizado às 10h desta terça-feira, 9, também no Parque da Saudade.

Natural de Lages, Julinho nasceu em 23 de setembro de 1929 e se mudou para o Vale do Itajaí ainda na infância, passando um período em Blumenau antes de chegar a Brusque. Começou sua trajetória na extinta equipe do Independente. O time se destacou e diversos dos jogadores, inclusive Julinho, foram transferidos ao Carlos Renaux, em 1947. “Nem cheguei a passar por categoria juvenil, fui direto para jogar entre os profissionais. Em pouco tempo estava com a titularidade”, relembrou em entrevista a O Município em 2018.

Pelo Carlos Renaux, Julinho Hildebrand foi campeão catarinense em 1950. Em um dos jogos da final, já em 3 de junho de 1951, marcou o gol da vitória sobre o Figueirense no estádio Adolfo Konder, em Florianópolis.

Em 1956, já pelo Paysandú, o craque foi campeão da Divisão Especial do Campeonato Catarinense, balançando as redes na final contra o América, de Joinville: 2 a 1 para o alviverde na final disputada já em janeiro de 1957. Contudo, foi definido que seria disputada uma final com o campeão da Divisão Estadual, o Operário, de Joinville, para definir o campeão catarinense de 1956. O time brusquense, já desmontado após a conquista sobre o América, foi vice-campeão.

Em 1958, o artilheiro foi “emprestado” ao Renaux para estar em campo ao lado de Teixeirinha, Petruschky e cia no histórico 5 a 5 contra o Botafogo de Garrincha, Nilton Santos, Didi e Quarentinha. Marcou o segundo gol da partida, aos 17 minutos do primeiro tempo.

Vivendo e jogando em uma época na qual Brusque fervia na rivalidade entre Carlos Renaux e Paysandú, Julinho Hildebrand transitava sem problemas entre tricolores e alviverdes. Ainda teve uma rápida passagem a teste no Fluminense, em 1952. Encerrou a carreira em 1967 e chegou a ser técnico paysanduano. No especial de O Município em homenagem aos 100 anos do Paysandú, publicado em 2018, o goleador relatou que não teve problemas com a troca de clube. “Eu me dava bem com todo mundo. Fiz grandes amizades nos dois times”.

Julinho Hildebrand Renaux Paysandu
O atacante nos anos 50, no Carlos Renaux | Foto: Família Jota Duarte/Arquivo pessoal/Brusque Memória

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