A vida tem andado tão depressa que há em mim um desejo incontrolável de puxar o freio de mão, dar um cavalinho, riscar um zerinho na pista do tempo e desacelerar, mas quando se faz parte de uma sociedade e quando você tem a responsabilidade sobre a vida de outras pessoas, como filhos, por exemplo, você não pode se dar ao luxo de evadir-se, muito menos da política.
Quando eu deixo outras pessoas decidirem por mim, perco a oportunidade de fazer valer minha vontade de uma sociedade melhor, para este mundo tão belo.
Eu sei, você não precisa me dizer, eu não vou mudar o mundo todo, mas vou mudar o meu se assim eu quiser.
Com tanta gente sendo presa e sendo solta, matando e sendo morta, podemos perceber que fazem da política neste país uma porta escancarada para os “espertinhos”, onde se fica rico da noite para o dia, à custa do suor e da dor daqueles que sustentam o país.
Um país tão rico e tão miserável onde o lixo vira comida e comida vira ração de comida, que vai para pratos distantes da escola da fome avassaladora. Onde a mulher, o negro, o gay, o índio, o colono e todo o meio ambiente no qual eles e todos os demais estão inseridos, são tidos como minoria birrenta e inúteis. Mascarando a luta pela manutenção da consciência livre e engajada.
Vou falar!
Vou falar até ficar rouca! Vou gritar até ficar louca! Vou falar até que um ou dois ou trinta ou cem me ouçam. Somos vibracionais! Se mudamos nossa vibração mudamos o mundo em nossa volta! Vamos compor uma nova sinfonia, com todos os acordes! Vibrando na compaixão, na prosperidade e abundância, uma melodia que beneficia a todos! Mais Amor, por favor!
E para você que gosta de cantar hinos nas passeatas vou te dar uma palhinha do hino da Proclamação da República: “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós, das lutas na tempestade, dá que ouçamos tua voz”.
Constansa Becker – Gestora ambiental e colaboradora do Banco de Tempo de Brusque