É raridade quem não convive com aquela mania de “juntar tralha”, existem vários nomes para chamar quem guarda tudo: colecionadores, catadores, acumuladores… Como em tudo, há um nível saudável, até desejável, porém tenho que dizer que fico curiosa com aquelas pessoas que não guardam nada! Aqueles tipos meio nômades, ciganos, viajantes… Mesmo que eles quisessem, não há lugar!
Desde a metade do mês estou envolvida com mudanças: de casa, de local de trabalho; há poucos anos atrás era de cidade e até de estado! Só não mudei ainda de país, e tenho que dizer, remexer tantas vezes nos objetos adquiridos é sempre um processo (quase terapêutico) de reflexão.
Será que ainda preciso daquele sapo de porcelana para guardar anéis? E aquela roupa de veludo preto que foi moda quando eu era quase uma criança? Bem, talvez seja hora de me desfazer desse travesseiro, mas o vestido fica! Modas vêm e voltam… Assim como a utilidade das coisas: vivemos num mundo onde jogar fora não existe, pois não existe fora! Tudo permanece e se modifica. Inclusive nós.
Reciclar objetos vale muito mais a pena do que empurrá-los para outro canto da mesma Terra, além de ser um exercício fantástico de criatividade! E não vá pensando que só objetos são recicláveis afinal de contas, somos seres humanos, dotados do poder incrível de mudar de ideia! Não há nada melhor.
Eduarda Paz – psicóloga