Nova Trento tem primeiro casamento homoafetivo registrado em cartório
Evelyn Benedett e Estefani Cucco estão juntas desde 2011
Evelyn Benedett e Estefani Cucco estão juntas desde 2011
O primeiro casamento civil homoafetivo de Nova Trento aconteceu na quinta-feira, 9, na Escrivania de Paz de Nova Trento, no Centro da cidade. As noivas, a assessora administrativa Evelyn Benedett, de 30 anos, e a assistente administrativa Estefani Cucco, de 28, estão juntas desde 2011 e até então, viviam em união estável informal.
Com a vida a duas cada vez mais fortalecida, elas decidiram firmar a união através do casamento civil. Para Evelyn, a informação repassada pelo cartório trouxe um misto de surpresa, alegria e tristeza.
“Tenho esse sentimento, pois nós conhecemos diversos casais homossexuais que estão juntos. Talvez pode ser pelo receio de ser uma cidade pequena, mas acho importante demonstrar que está tudo bem se amar, casar e mostrar isso para o mundo”, analisou.
No casamento civil, a Justiça considera o casal com todos os direitos trabalhistas, previdenciários, direito à herança de bens, união na declaração de imposto de renda e previdência.
O casal começou a namorar em 2011 durante o ensino médio, e sofreu com diversas dificuldades no início. “Por sermos meninas, uma cidade onde todos se conhecem, enfrentamos muitos olhares preconceituosos. Mas logo que nós assumimos, passamos por cima de problemas familiares e externos e fizemos dar certo”, contou.
Com quatro anos de relacionamento, elas deram mais um passo e foram morar juntas. E na última semana, celebraram o casamento civil, com 12 anos e sete meses de amor e companheirismo, para oficializar a união.
“São nove gatos, seis cachorros, e agora o sonho aumenta, pra quem sabe no futuro a gente dar mais um passo, adotar um filho e dizer: somos uma família que existe e se ama”, completou Evelyn.
Durante o ensino médio, as barreiras do preconceito foram derrubadas uma a uma, o que fortaleceu o sentimento que brotava em Estefani e Evelyn. Mesmo assim, ainda hoje acontecem muitos casos de jovens que passam dificuldade com os pais que não aceitam a orientação sexual do filho.
“Volta e meia somos abordadas na rua por sermos exemplo de que as coisas podem sim dar certo. Fico muito feliz de saber que podemos ser uma inspiração. E agora que somos o primeiro casal homossexual a oficializar o casamento, esperamos que não sejamos as únicas”, finalizou.
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