Número de mortes em Brusque cai pelo segundo ano consecutivo; confira dados
Médico acredita que tendência é que a expectativa de vida siga crescendo com o avanço de tratamentos
Médico acredita que tendência é que a expectativa de vida siga crescendo com o avanço de tratamentos
Pelo segundo ano consecutivo, o número de óbitos em Brusque caiu. Em 2023, foram registradas, no total, 771 mortes entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, o que representa uma queda de 6,78% em relação ao ano anterior.
Este é o menor número de mortes no município desde 2020, quando foram registrados 759 óbitos em Brusque. Os dados são atualizados desde 2015, e o maior número até hoje foi em 2019, com 992. As informações foram divulgadas pelo Portal da Transparência do Registro Civil.
As mortes em Brusque, em sua grande maioria, não são violentas – em 2023, o município registrou dois homicídios e 21 vítimas fatais de acidentes de trânsito. A maioria, portanto, acaba sendo por causas naturais, que envolvem todos os tipos de doenças existentes. A tendência nas cidades da região, Botuverá e Guabiruba, é a mesma.
Entre as mortes por causas naturais está a Covid-19, principalmente entre 2020 e 2022. Coordenador do serviço de clínica médica do Hospital Azambuja, Antônio Lanna destaca que a pandemia teve um impacto determinante em diminuir a expectativa de vida, já que causou a morte de muitos jovens, mas que a vacinação controlou o número de vítimas fatais.
“Após a imunização podemos verificar que a mortalidade da população adulta diminui consideravelmente e hoje as vítimas fatais do Covid-19 são mais raras e em sua maioria idosos”.
Ele destaca que, com a diminuição de impactos da pandemia e evolução de tratamentos mais eficazes para doenças crônicas, principalmente doenças cardiovasculares e obesidade, a tendência é que a expectativa de vida siga aumentando em Brusque.
“Temos uma forte sensação de que grande parte das pessoas busca um melhor autocuidado em geral e isso reflete na melhora da saúde. Devemos tomar cuidado em não acreditar em pílulas mágicas que não substituem manter-se hidratado, alimentar-se bem, dormir adequadamente, fazer atividades físicas e manter um convívio social adequado, este último recentemente valorizado na importância da longevidade”, ressalta.
O médico destaca que, embora as hospitalizações continuem crescendo, elas têm sido mais eficazes para evitar desfechos desfavoráveis.
No Hospital Azambuja, o maior da cidade em atendimentos, mesmo com o aumento de 6,7% no número de internações de pacientes mais graves e com maior complexidade na clínica médica em um ano, a mortalidade não cresceu na mesma proporção.
“A melhora dos serviços hospitalares pode também ser a explicação para essa diminuição da mortalidade. Houve uma expansão de serviços que melhoraram bastante o acesso ao tratamento dos doentes em diversas áreas, principalmente no tocante a cardiologia e cirurgia vascular”, conclui.
*Reportagem atualizada no dia 1º de fevereiro, às 9h30. O número de mortes no trânsito de Brusque em 2023 foi corrigido
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