Um belo filme (2019), que narra a história, baseada em fatos reais, de um menino de 13 anos, Willian Kamkwamba, que sai da escola que ama quando seus pais não podem mais pagar as mensalidades devido à seca que extermina toda a lavoura, fonte de renda da família. Diante de tantas dificuldades o garoto constrói uma turbina eólica para salvar seu vilarejo da fome. Infelizmente, essa narrativa não está somente em cenas do filme, é a história de muitas crianças e jovens brasileiros que veem seus sonhos esfacelados diante da miséria na qual se encontram e na mente miserável daqueles que poderiam fazer e nada fazem, pois educação é algo para poucos.
Enquanto hoje ainda se discute lados, partidos, esquerdas, direitas, as escolas públicas estão se deteriorando. Salas lotadas, merenda nem sempre tem, bibliotecas defasadas, professores mal remunerados e os problemas só se acumulam. Dentro das quatro paredes o que se vê diariamente são problemas trazidos pelas crianças/jovens. Pais desempregados, mães abandonadas pelos companheiros e enfrentando dificuldades diárias para alimentar seus filhos que as vezes tem na escola a única refeição, o porte de drogas por alunos que veem ali uma fuga de um desajuste social de uma nação despreparada para acolher, abrigar, ensinar e oferecer oportunidades de desenvolvimento e aceitação.
O que temos que descobrir é a importância e o potencial que cada aluno traz consigo. Ir além dos ensinamentos dos livros, assim como fez Willian Kamkwamba, personagem real que virou filme. Educação se faz dentro e fora das quatro paredes, com a participação de toda a comunidade, trabalhando as potencialidades e realidades de cada um.
O que temos que descobrir é a importância e o potencial que cada aluno traz consigo. Ir além dos ensinamentos dos livros, assim como fez Willian Kamkwamba, personagem real que virou filme. Educação se faz dentro e fora das quatro paredes, com a participação de toda a comunidade, trabalhando as potencialidades e realidades de cada um.
Precisamos deixar que esses meninos/as descubram muito mais e que voem com a brisa do vento, criando e transformando sonhos em realidades!
A pergunta que fica – Com quantos paus se faz uma canoa?
Hora de rever o que de fato é relevante nessa educação tão desgastada.
Vânia Gevaerd – artista