A vida é feita de momentos. Bons, ruins, monótonos e agitados. O que nos faz sentir bem ou mal, em relação a tantas situações na vida, é a forma como as enxergamos. Se não é preciso muito para ser feliz, tampouco é preciso muito para a infelicidade.

Oras, basta colocar lentes cinzas na frente dos olhos, e aposto que enxergarás com realce todas os desgostos em tua vida, todas as imperfeições (normalmente dos outros), sujeiras por todos os lados, lembranças amargas de derrotas… Mas, antes que seus olhos se acostumem à escuridão, acenda uma velinha de esperança e procure, quem sabe em uma velha gaveta da infância, ou em algum baú de momentos de alegria e compaixão, aquelas velhas lentes cor-de-rosa. Aquelas que, mesmo um pouco arranhadas, evidenciam os raios de sol, o calor das amizades, o lado bem-intencionado daquele mal entendido, a empatia (ah, a empatia…), o perfume do amor, o guarda-chuva aberto a um estranho no meio da chuva, o calar-se em prol da paz ,  a busca por crescer junto ao invés de derrubar o inimigo…

Pois, embora não sejamos cegos para as mazelas ao nosso redor, com uma dose de esforço e uma dose de amor, o lado cor-de-rosa da vida se sobressai. Um caminho com mais calma, mais cor, mais bondade poderá ser contemplado em frente aos nossos olhos.

 

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Maiara Dalcegio Favretto – Médica Oftalmologista

 

 

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arte: Silvia Teske