Justo na Semana da Pátria amada, o Brasil assiste a um triste episódio (mais um) que se fez ecoar como os tambores outrora retumbantes – O Museu Nacional do Rio de janeiro está em chamas!
Ilustres personagens da nossa história, até então bastante esquecidos por todos nós, tiveram seus nomes novamente e amplamente mencionados pela mídia – Pedros, João, Maria Leopoldina e até a ilustre LUZIA, o fóssil humano (Homo sapiens) mais antigo encontrado na América com cerca de 1.3000 anos – “a primeira brasileira” a viver no continente do país sul-americano. A tragédia mostrou o lado mais frágil do ser humano – sua incapacidade de lutar por sua própria história diante de uma burocracia sistemática e burra que tranca as portas do saber. Triste e repetitiva constatação.
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A cultura não interessa, educação e desenvolvimento do povo brasileiro não fazem parte da pauta daqueles que renegam seu país. Perdemos tempo, dinheiro, interesse – perdemos o país!
Em 1897, Paul Gauguin , artista francês, escreveu no alto de uma de suas pinturas, “de onde viemos, o que somos, para onde vamos?” Sim, o que somos?
Acredito que muitos estão nesse momento se fazendo a mesma pergunta.
Nossas memórias e origens se encontram em estado de abandono em Museus que agonizam por falta de investimentos e melhorias para a salvação de uma identidade tão desgastada, maltratada e esquecida. Museus são templos da educação, do saber, lugar da busca de respostas para as inúmeras perguntas que são feitas sobre nossa história. Enquanto, em qualquer outra parte do planeta Terra, milhares de pessoas passam horas em pé nas filas para conhecê-los, por aqui mofam a espera das migalhas e favores para manter as portas abertas.
E quanto tem a oferecer e informar!
Que tanto interesse temos em conhecer a Mona Lisa, no Museu do Louvre? Atravessamos um oceano para tirar uma selfie de alguém que pouco ou nada sabemos. Estranho comportamento…
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Em Brusque e cidades da região, quais museus são visitados, o que sabemos das suas histórias? Valorizamos “nosso” patrimônio, lutamos pela sua preservação, divulgação, visitação? Será que temos que esperar por outra tragédia para postar fotos de um museu que muitos nem nunca tinham ouvido falar?
Não precisamos da Mona Lisa ou dos Impressionistas para ter o costume da pesquisa, da visita regular e do interesse pelos que por aqui moraram e deixaram suas marcas e legados, temos que acreditar no que temos, no que somos, afinal, como diz o provérbio , ”quem não sabe de onde veio, não sabe para onde vai”!
Vania Gevaerd