Valorização da mulher
No próximo domingo, a Igreja Católica celebra a Solenidade da Assunção de Maria de Nazaré ao Céu. O que equivale dizer que Maria foi elevada ao Céu, em sua corporeidade e em sua espiritualidade. Portanto, toda inteira como ser humano concreto e total. Uma verdade de fé que foi vivida, por muitos séculos pelo Povo de Deus, antes de ser declarado pelo papa Pio XII, em 1950, como dogma de fé. É a verdade que afirma que, em Maria de Nazaré, por obra e mérito de seu Filho Jesus, já se completou plenamente o que vai ocorrer, no futuro para todos os que permanecerem fiéis ao Cristo até o fim: a entrada definitiva da pessoa toda inteira na Casa do Pai.
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A proclamação desse dogma de fé é um reconhecimento da grandeza e dignidade da Humanidade. Representa, sobretudo, uma verdadeira revolução no imaginário humano coletivo, reconhecer que o primeiro ser humano a completar em si a obra salvífico de Cristo e assunto ao Céu, antes da parusia, além do Filho de Deus, é uma mulher. Sem dúvida, é uma grande conquista na compreensão do valor e da dignidade da mulher. A mulher Maria, assumida por Deus, não deixa de ser humana, mas dignifica e ilumina a realidade humana e principalmente a realidade humana do ser de toda mulher.
O papa Francisco falou a respeito da Assunção de Maria: “Meditando sobre o mistério bíblico da mulher, condensado em Maria, todas as mulheres encontrem ali a si mesmas e a plenitude da sua vocação, e toda a Igreja aprofunde e compreenda melhor o papel tão grande e importante das mulheres” (15.08.2013).
A Solenidade da Assunção de Maria ao Céu, diante de uma Sociedade e de uma Cultura que menosprezam a vida humana, de muitas maneiras, na violência diária, é também uma grande denúncia dessas atrocidades de todos os dias. Mas, é principalmente uma reflexão e um apelo ao respeito do corpo humano, particularmente do corpo da mulher que tem uma dignidade e é destinado, também ele, à plenitude eterna. É uma denúncia ao desrespeito à dignidade desse corpo, muitas vezes tratado como objeto de prazer e de comércio, instrumentalizado pela dominação mercadológica e manipulação para fins lucrativos.
A Assunção de Maria nos lembra que o corpo de Maria foi a primeira morada do Filho de Deus que “armou sua tenda entre nós” (Jo 1,14). E o lugar dessa tenda foi o ventre de Maria. Ao encarnar-se Jesus recebeu uma morada, o seio de Maria, sua mãe, onde ele esteve por primeiro. Jesus, às vésperas de sua paixão pediu ao Pai: “Onde eu estou quero que estejam os que me destes para que contemplem minha glória” (Jo 17,24). Portanto, este pedido de Jesus aplica-se perfeitamente à sua mãe. Onde ele estiver estará quem lhe foi dado pelo Pai. Dessa forma, a verdade da Assunção de Maria é consequência da resposta à simples pergunta: Onde está Jesus?
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Maria, por primeiro, foi Assunta por graça ao Céu, na integridade da sua pessoa, superando os laços da morte, no exemplo e em solidariedade a seu filho, Jesus Ressuscitado. Ela nos antecipou ao chegar à meta. Tornou-se, de tal modo, sinal certo do caminho a percorrer e do objetivo a alcançar que nos é prometido por graça, para aqueles/as que forem fiéis até o fim. Por isso podemos seguir seu exemplo de discípula perfeita do Mestre Jesus.