Partido questiona presença de assessor investigado por suspeita de rachadinha na Câmara de Brusque

Solidariedade enviou questionamento sobre Cleiton Bittelbrunn ao presidente do Legislativo, Cacá Tavares; partido pede pela exoneração do assessor

Partido questiona presença de assessor investigado por suspeita de rachadinha na Câmara de Brusque

Solidariedade enviou questionamento sobre Cleiton Bittelbrunn ao presidente do Legislativo, Cacá Tavares; partido pede pela exoneração do assessor

O partido Solidariedade em Brusque questionou a presença do assessor parlamentar Cleiton Bittelbrunn (PSB) na Câmara de Brusque. Ele, que atua no gabinete do vereador Rogério dos Santos (Republicanos), foi denunciado em 2021 por integrar suposto esquema de rachadinha para partidos.

O questionamento foi feito em ofício enviado ao o presidente do Legislativo, Cassiano Tavares, o Cacá (Podemos). No texto, o partido repudiou o envolvimento de agentes políticos na prática criminosa das rachadinhas.

No caso, o ofício faz referência a prisão do vereador e presidente estadual do DC, Jocimar dos Santos. O texto é assinado pelo presidente do partido em Brusque, Waldir da Silva Neto, e o vice, Willians José dos Santos.

“Diante dos fatos, a Câmara Municipal não pode ser omissa, sou convicto que a legislatura atual zela pelo cumprimento da sua função, irão agir no caso envolvendo o vereador Jocimar dos Santos, mas também devem agir no caso envolvendo o ex-vereador Cleiton Bittelbrunn que hoje responde esse processo junto ao Ministério Público”, aponta.

Em ofício, o Solidariedade em Brusque também cita o vereador Rogério dos Santos (Republicanos). O texto aponta que o vereador votou contra o cargo de assessor para vereador. Contudo, o partido aponta incongruência do mesmo por “ter contratado um acusado no Ministério Público pela prática das rachadinhas”.

“Nos manifestamos também contra a não competência do vereador Rogério dos Santos como corregedor da Câmara, caso essa casa cumpra com o seu papel de também agir no caso do ex-vereador e atual assessor Cleiton Bittelbrunn. Na época, conforme matéria vinculada na imprensa e também neste oficio, vereadores já solicitaram o afastamento do acusado Cleiton Bittelbrunn do Poder Público municipal, é um tanto quanto “hipócrita” tê-lo nos quadros de servidores da Câmara Municipal”, ressalta.

Por fim, o partido pede pela exoneração de Cleiton, para preservar uma “boa imagem do Poder Legislativo Municipal”, e pela perda dos direitos políticos do mesmo. “Depende de cada um de nós agir em defesa da honestidade, da ética e seriedade da política brusquense. Não podemos ter opinião conforme o tempo, que muda constantemente, já houve em determinado momento o entendimento de membros do Poder Legislativo pelo afastamento do ex-vereador acusado pela prática das rachadinhas dos serviços públicos”, completa.

Desde 5 de dezembro, Cleiton atua como suplente do vereador Alessandro Simas (PP). Ele fica na cadeira como vereador até 3 de janeiro de 2024.

Posicionamentos

Conforme o presidente da Câmara, Cacá Tavares, judicialmente, Cleiton não tem impedimentos para assumir o cargo, como, por exemplo, uma condenação. “Nem chegou para a gente que ele esteja respondendo processo, não sabemos se ainda está sendo investigado”, diz.

“Somos muito cuidadosos com isso. Ele foi chamado, preencheu os pré-requisitos e foi contratado. Agora, que ele virou vereador, é a mesma coisa e todos os requisitos foram preenchidos. Se a Justiça enviar algo para nós, ou Ministério Público, é outra história”, diz.

Portanto, Cacá ressalta que enquanto não ocorre o fim das investigações, nada pode ser feito no Legislativo. “Se eles acham que tem o necessário para contestar, precisam procurar a Justiça. Na Câmara, nada consta contra ele. O Solidariedade pode buscar o direto deles na Justiça”, complementa.

Já Cleiton Bittelbrunn aponta que entrou com uma ação judicial contra o Solidariedade, o presidente do partido e o vice, que assinaram o ofício. “Eu não respondo a nenhum processo. Estou envolvido numa investigação, na qual me acusaram sem provas nenhuma. Nunca fizemos nada ilícito e terão que provar o que estão falando”, diz.

“Isso é uma perseguição política do Waldir da Silva Neto, do Solidariedade, que veio falar comigo para abrir para ele [a suplência] por 30 dias. Só que era eu para ser o vereador, o suplente, não ele. Eu disse que não iria abrir e iria assumir. Aí ele fez tudo isso”, finaliza.

O jornal O Município também entrou em contato com Rogério do Santos. Contudo, o vereador não retornou com um posicionamento até o fechamento desta matéria.

Esquema investigado

O caso que envolve Cleiton Bittelbrunn continua em investigação pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). Inclusive, a 3ª Promotoria de Justiça confirmou que Cleiton continua sendo investigado.

O suposto esquema foi divulgado com exclusividade pelo jornal O Município em março de 2021. O ex-servidor da prefeitura Aladin Farias denunciou o caso. O ex-diretor do Samae e ex-vereador, Cleiton Bittelbrunn, é o principal citado na denúncia. Cleiton não se manifestou na época.

A reportagem mostra áudios e prints de diálogos entre Farias e os denunciados. Em setembro de 2021, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu quatro mandados de busca contra quatro pessoas por suspeita de envolvimento no suposto esquema.


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