Pinhão chega aos mercados com preço menor
Motivo da queda no valor, em comparação ao mesmo período do ano passado
Motivo da queda no valor, em comparação ao mesmo período do ano passado
Alimento tradicional nos meses mais frios do ano, o pinhão chegou no início deste mês aos mercados do município com valores menores comparados aos do ano passado. A explicação está na safra que, em 2014, enfrentou problemas em decorrência da seca.
Na sede da Central de Abastecimento do Estado de Santa Catarina S/A (Ceasa) em Blumenau, o quilo do produto custa R$ 4,00, metade do valor praticado no ano passado. O gerente Atair Correia diz que em anos anteriores o valor da primeira safra chegou a atingir R$ 12,00 o quilo.
“Esse ano inverteu o quadro, porque geralmente o pinhão era mais caro no início das vendas e depois, ao longo do meses, baixava. A venda aqui ainda está baixa, mas tende a aumentar nos próximos meses”, diz.
O responsável pelo setor de compras do supermercado O Barateiro, José Norberto Bittencourt, confirma que a melhora na safra refletiu consideravelmente no preço do produto. No estabelecimento, o quilo do pinhão custa R$ 4,98 – dois reais a menos do que o aplicado no mesmo período de 2014.
“Ano passado estava em falta, então o preço disparou. Agora está bem mais em conta. Mas o pessoal compra mais nos meses de junho e de julho. Se a safra continuar boa, o produto tende a continuar com o preço baixo”, afirma.
No supermercado Bistek, a procura pelo produto também se intensifica nos meses de junho e julho. De acordo com o gerente, Evandro Bez, este ano o produto chegou mais cedo ao estabelecimento e com redução no valor – o quilo está R$ 5,98.
“As festas juninas disparam as vendas. Mas mesmo assim, o pinhão vende durante todo o período de safra porque tem muito consumidor fiel que compra com frequência. Já estamos vendendo bastante, inclusive”, diz.
No Archer o preço inicial do pinhal manteve-se estável, segundo o gerente de compras, Udo Wandrey – o quilo está R$ 5,90. Porém, o gerente afirma que, no ano passado, o preço sofreu mudanças bruscas no decorrer dos meses.
“Teve mês que estava R$ 7,98 e depois R$ 5,60. Tudo depende da produção. Logo que chega ao mercado, ele vende bastante, depois dá uma parada e em junho e julho aumenta de novo”, explica.
A lei do pinhão
Em janeiro de 2011, o governador Raimundo Colombo sancionou a lei nº 15.457 que regulamenta a colheita do pinhão no estado. Desde a entrada em vigor, ficaram proibidos a colheita, o transporte e a comercialização do pinhão antes do dia 1º de abril – tanto destinado para sementeiras quanto para alimento. O descumprimento da lei prevê multa de R$ 500,00, que são revertidos ao Fundo Especial de Proteção ao Meio Ambiente (Fepema).