O Brusque teria uma renda maior se vendesse o jogo contra o Corinthians para os mais recôncavos estádios do Brasil. Mas aí, venderia também sua dignidade. Venderia a esperança de avançar de fase. Venderia suas quatro cores e seu maior patrimônio, a torcida. Colocaria a leilão seu hino, seu escudo, sua história. Mas não vendeu. Peitou as propostas robustas. Ignorou críticas maldosas ao Augusto Bauer – que terá que ter segurança reforçada, é claro, mas está apta a receber a partida – e marcou um gol de placa.
A diretoria do Brusque lembrou de seu torcedor em uma época que poucos clubes o fazem. Levou em consideração que os apaixonados pelo Quadricolor do Vale já assistiram jogos da segunda divisão do catarinense, visitaram estádios precários ao redor do estado, viajaram quilômetros para acompanhar o time do coração e agora têm a chance de ver, aqui na casa do Bruscão, um jogo de alto nível contra um grande clube do cenário nacional. Só me resta parabenizar pela atitude e afirmar que, aqui em Brusque, o futebol respira!
Declaração infeliz
Em vídeo que circula pela internet como lactobacilos vivos, Mauro Pereira, vice-presidente do Marcílio Dias, de Itajaí, afirma que “o avião do Marcílio Dias não precisa cair para transformamos esse time em uma potência do futebol catarinense, do futebol brasileiro. Não precisamos de tragédia para tornar nosso time grande”, em clara alusão ao acidente com o avião da Lamia que ocasionou a morte de 71 pessoas. Mesmo levando em consideração o contexto do que Pereira falou, que era não ter que esperar um acidente para aumentar o volume de sócios-torcedores, foi no mínimo muito infeliz a declaração do cartola.
Sobe e desce na capital
Essa vem direto da Ressacada! Como não poderia deixar de ser, o Avaí tirou uma onda com a queda do Figueirense, já que o time da Ilha ascendeu à Série A. No elevador do clube está o escudo do Avaí para a seta que sobe, e para a que desce um ‘eles’ com as cores características do Figueira. Não tem jeito, rivalidade é rivalidade até nos detalhes…
Choque catarinense na Superliga B
As únicas duas equipes que disputam a Superliga B, Abel e Unochapecó, duelam na próxima sexta-feira. O duelo é direto, já que o time brusquense está em quinto lugar e os chapecoenses em sexto. É momento de concentrar forças e voltar a escalar na tabela, evitando ao máximo a última posição, única que não avança para a próxima fase.
O amador volta para a Liga
Depois de cerca de dez anos, o Campeonato Municipal de Futebol Amador volta para a Liga de Desportos Brusquense, sob o comando de Carlos Alberto Torresani, o Beto. O fato se deve a duas coisas: a proatividade de Beto para administrar a competição e a omissão da Fundação Municipal de Esportes (FME), que optou por largar mão de uma das mais prestigiadas competições municipais. Os recursos escassos da pasta podem ter sido fundamentais para que a FME deixasse o evento de lado.
Na última semana, a Seleção Brasileira de Ciclismo Junior treinou em Brusque aos cuidados de Eduardo Gohr. O experiente técnico dedicou praticamente toda sua vida ao ciclismo, e defendeu Brusque nas mais variadas competições antes de ‘pendurar as luvas’. Na imagem, Gohr (à esquerda) comemora conquista na Copa Sul Master de Ciclismo, há dez anos. Merece a homenagem na sessão pela abnegação com o esporte.