O esporte em Santa Catarina está hospitalizado, na UTI. Pra piorar, sem dinheiro, depende do SUS. Os sintomas são o desprestígio dos Jogos Abertos, o desrespeito com as competições de base e a simples inexistência da contribuição aos atletas catarinenses. As causas são o excesso de trocas de gerência da Fesporte, o distanciamento de quem administra o esporte dos atletas, a falta de colaboração das federações esportivas com os praticantes das modalidades – salvo raras exceções -, e é claro, a crise econômica.
Se o esporte local não for tratado já no próximo ano, as consequências podem ser: o desemprego de milhares de técnicos, professores, árbitros e atletas; o êxodo dos nossos competidores, rumo a outros estados; a falta de oportunidades para novos valores dentro de Santa Catarina.
Como um vírus, a doença que enfraquece o desporto se espalhou pelas cidades. Brusque precisou cancelar participação na Olesc, um sintoma. O orçamento aprovado para a Fundação Municipal de Esportes (FME) para 2017 é quase 60% menor do que o previsto para 2016, outro sintoma (bem perverso).
O remédio para a cura desse virulento processo existe, mas não é fácil de conseguir. Somente um grande pacto entre entidades, poder público e privado podem fazer com que o estado que já revelou Gustavo Kuerten, Fernando Scherer, Murilo Fischer e Matheus Rheine não pereça e abandone o esporte.
Um brusquense “rei do Rio”
O atual campeão paulista, tricampeão catarinense e atleta da equipe de bicicross BBF/ Bandeirante Caio Onofre Riegert, da categoria 11 anos, agora também é rei do Rio. O garoto mandou bem na cidade de Macaé (RJ) e na única etapa do Campeonato Carioca da modalidade ele trouxe para Brusque o título inédito de campeão. A próxima corrida do jovem piloto ocorre nos dias 19 e 20 de novembro na cidade de Cosmópolis (SP), na final do Paulista onde disputa o título de bicampeão na sua categoria.
Olheiros por toda parte
O Catarinão está longe de começar, mas já tem gente de olhos nos valores de 2016. Rodrigão, novo gerente de futebol do Brusque (confira matéria na página 21), acompanhou a partida entre Barra e Concórdia no sábado ao lado do preparador de goleiros Márcio Quevedo e de João Carlos, o Indião. Além da turma do Quadricolor, esteve também na arquibancada praticamente vazia do Augusto Bauer o técnico do Metropolitano, César Paulista. No meio de muitos jogadores questionáveis, encontrava-se sim alguns valores interessantes, como o camisa 7 do Barra, Cleiton, e o zagueiro do time litorâneo, Salazar.
Gramado do Gigantinho precisa de mais reparos
Mais uma vez, ou o Carlos Renaux ou o Brusque precisarão mexer no gramado do Augusto Bauer para o Catarinão 2017. O campo está lastimável, com diversas partes de grama arrancadas. Grama é assim mesmo, precisa de manutenção constante, principalmente em uma região em que a chuva é uma companheira inseparável.
Centralizar o futebol no CT pode ser interessante
Desejo revelado pela diretoria do Bruscão, a centralização de praticamente todas as atividades do futebol profissional no Centro de Treinamentos Rolf Erbe pode ser uma alternativa interessante. Com problemas financeiros, o clube pouparia em aluguel de campos, academia e também com o transporte dos atletas para lá e para cá. Dois problemas para enfrentar, contudo: quando chove muito, sempre alaga o campo; equipamentos de academia custam um dinheirão.
Tempos áureos dos Jasc
O cancelamento dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) entristece milhares de atletas que se prepararam o ano todo para a competição. Dá inclusive saudade de outros tempos, quando o esportista era de fato respeitado em solo catarinense. Há 10 anos, Piluca e Fernanda, dupla de vôlei de areia, se preparava pra defender Brusque nos Jasc em Criciúma.