Prefeitura de Brusque aguarda liberação da Caixa para repasse de imóveis a novos proprietários
Atualmente, a fila de espera para a casa própria no município é de mil famílias
Atualmente, a fila de espera para a casa própria no município é de mil famílias
No início do mês, a Prefeitura de Brusque entregou sete chaves de apartamentos do residencial Sesquicentenário, no bairro Limeira, para os novos proprietários.
Esses imóveis foram retomados pela Caixa Econômica Federal e, após procedimento legal, ficaram à disposição da Secretaria de Assistência Social e Habitação para serem repassados a novos donos.
Com a entrega desses sete imóveis, agora a Assistência Social aguarda a liberação de mais dois apartamentos que integram o residencial Minha Casa Minha Vida, no Cedrinho, para repassá-los para mais duas famílias que se inscreveram no edital e estão na fila de espera do programa.
De acordo com o secretário de Assistência Social e Habitação de Brusque, Deivis da Silva, existem em torno de mil famílias aguardando um imóvel do programa. Nos últimos dois anos, 22 famílias foram contempladas com apartamentos nos dois residenciais do município.
Segundo ele, os motivos pelos quais os imóveis são retomados e, posteriormente, entregues a novos proprietários são variados, os mais comuns, entretanto, são abandono; dificuldade financeira ou dificuldade de adaptação no condomínio.
“Geralmente as famílias voltam para sua cidade ou conseguem uma outra condição; também há casos de famílias que não conseguem continuar o pagamento do financiamento e do condomínio ou ainda, aquelas que não conseguem uma convivência harmoniosa no prédio, preferem morar em casa e não em apartamento”.
Quando a Caixa é informada sobre a condição do morador, abre processo para retomar o imóvel, com o cancelamento do contrato com o mutuário, que passa a ficar em dívida com o banco.
Depois, a secretaria de Assistência Social é informada e inicia o processo de seleção para os novos moradores dos imóveis.
“Estamos esperando a confirmação de mais dois imóveis, mas pode ser que daqui a pouco aumente, já que tivemos a informação de que há vários imóveis vazios tanto no Sesquicentenário, quanto no Minha Casa Minha Vida, mas primeiro é preciso a liberação da Caixa”, explica.
Condomínios descartados
Apesar de o número de famílias que aguardam pela casa própria em Brusque ser alto, a prefeitura já descartou a construção de novos residenciais no formato vertical.
De acordo com Silva, a preferência é pela construção de casas geminadas. “Pensamos em três casas por lote, espalhadas em algumas regiões do município”.
O secretário destaca que já existem alguns locais monitorados pela prefeitura que estão na fase de documentação no cartório para fração dos lotes. Inicialmente seriam 18 lotes, com 54 casas.
Entretanto, ele ressalta que é preciso aguardar recursos federais para que possa iniciar a construção de novas moradias.
“Tinha o Minha Casa Minha Vida, mas o governo atual deu uma segurada, provavelmente vai mudar essa bandeira do plano habitacional, também precisamos de recursos para poder dar seguimento ao projeto”.