Prefeitura de Brusque não trabalha com plano B para a crise do Hospital Azambuja
Segundo o secretário, crença é que o contrato será renovado até terça-feira
Segundo o secretário, crença é que o contrato será renovado até terça-feira
Embora o prazo para a prorrogação do contrato do Hospital Azambuja esteja perto do fim, nesta terça-feira, 31, a Secretaria de Saúde ainda tem esperança de que haverá acordo. Por isso, segundo o secretário Humberto Fornari, não existe um plano alternativo.
Fornari diz que a secretaria não tem plano B para substituir o Azambuja, se não houver acordo. “Não existe plano B, porque entendemos que haverá acordo”.
O secretário de Saúde afirma que não existe “absolutamente nada planejado” com relação a um plano alternativo para o atendimento hospital do SUS em Brusque.
Por questão de proximidade, os hospitais mais prováveis para absorver a demanda de Brusque na falta do Azambuja seriam: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Gaspar; Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Nova Trento; e Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí.
Uma outra situação é o Hospital Dom Joaquim, no entanto, o problema de falta de recursos da prefeitura também afetaria. Segundo Fornari, esses hospitais seriam os mais lógicos para serem parceiros, se o Azambuja realmente fechar as portas para o SUS.
Ainda que cite os hospitais mais próximos como possíveis parceiros, o secretário diz que não existem tratativas neste sentido por enquanto. Segundo ele, só depois de esgotado contrato e a negociação com o Azambuja é que a pasta pensará no plano B.
Negociação
Fornari afirma que recebeu com surpresa a resposta da diretoria do Hospital Azambuja à entrevista coletiva da prefeitura. Ele classifica o tom do revide como “violento”.
“Vamos deixar a administração do hospital se desarmar”, diz Fornari, sobre a continuidade da negociação. Ele também afirma que não entendeu a “fala de cunho pessoal” do administrador do Azambuja, Fabiano Amorim.
O secretário de Saúde diz que a posição da prefeitura está inalterada: não há reajuste a ser dado, até segunda ordem da Secretaria da Fazenda. Para ele, o Azambuja tem recursos suficientes para se manter, mesmo sem aumento no repasse.
Segundo o secretário de Saúde, o convênio que a prefeitura tem com o Azambuja é vantajoso para a instituição. Na avaliação dele, se o Azambuja tivesse de contratar diretamente com o estado, seria pior.
Região
A situação do Hospital Azambuja é acompanhada com preocupação pelas prefeituras da região. Representantes de Brusque, Guabiruba e Botuverá reuniram-se na sexta-feira para debater uma saída para o problema.
O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, e o prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, solicitaram à Secretaria de Saúde que peça ao Azambuja um levantamento sobre quantos atendimentos de moradores de cada município são feitos por mês.
Segundo os dois prefeitos, a ideia é ver se existe um déficit para, dentro das possibilidades, ajudar no diálogo para a renovação.
O secretário de Saúde de Brusque, Humberto Fornari, confirmou que o Hospital Dom Joaquim já apresentou proposta, antes da crise envolvendo o Azambuja, para ampliar o pronto atendimento.
Atualmente, o Dom Joaquim tem pronto atendimento das 7h30 às 12h, e das 18h às 22h. A ideia da direção do hospital é ampliar esse horário, diz o diretor administrativo José Mauro Junglaus.
Junglaus diz que o Dom Joaquim tem capacidade para atender casos de média e baixa complexidade. Situações mais graves teriam de ser encaminhadas a hospitais maiores da região.
Apesar da vontade do hospital brusquense, Fornari afirma que não há possibilidade financeira para que isso ocorra nem agora nem no início de 2018. Somente com o possível rompimento com o Azambuja é que essa possibilidade poderia se concretizar.