Programa Municipal de Escola Cívico-Militar de Brusque é lançado e agentes são apresentados
Eventos foram realizados na E.E.F. Paquetá e E.E.F. Lions Club Comp. Oscar Maluche
Eventos foram realizados na E.E.F. Paquetá e E.E.F. Lions Club Comp. Oscar Maluche
Na tarde desta sexta-feira, 5 de abril, a Prefeitura de Brusque lançou oficialmente o Programa Municipal de Escola Cívico-Militar de Brusque. Os eventos ocorreram nas escolas E.E.F. Paquetá e E.E.F. Lions Club Comp. Oscar Maluche, onde os agentes cívicos foram apresentados.
O jornal O Município acompanhou a solenidade na E.E.F. Paquetá. Com a participação de alunos, o evento contou com a presença do prefeito André Vechi, acompanhado do vice-prefeito, Deco Batisti, e da Secretária de Educação, Franciele Mayer, além de outras autoridades políticas e de segurança.
Conforme o novo chefe do programa, Nelci Antônio do Amaral, o tenente Amaral da reserva do Exército Brasileiro, a ação foca em resgatar princípios de responsabilidade, ética e respeito.
“O programa se baseia em alguns pilares, o primeiro é que a escola não é um quartel e o aluno não é um soldado, e o segundo é o projeto valores, que visa resgatar esses princípios. Isso inclui combater o preconceito, bullying e cyberbullying. Seremos intolerantes ao desrespeito ao professor e ao preconceito, seja qual for, contra a mulher, a sexualidade ou a raça”, conta.
O tenente Amaral explica que a equipe do programa assessorará o corpo docente, por exemplo, na busca ativa de alunos faltantes, em colaboração com a secretaria da escola. “Vamos entender o motivo pelo qual o estudante não está vindo para a escola, entre outras ações”, continua. “Somos apenas coadjuvantes; os atores principais aqui são os alunos e os professores”, diz.
Desde 2022, a Escola Cívico-Militar do Paquetá integrava o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), interrompido pelo governo federal. A secretária Franciele aponta que a comunidade pediu para o programa continuar.
“Municipalmente, não é uma escola militar, mas que recebe o programa e os agentes cívicos têm atribuições relacionadas à lei. Conhecemos os currículos desses profissionais, que passaram por uma entrevista. Temos profissionais com conhecimento na área da música, que desenvolverão projetos com essa temática, além de outras funções. Então, temos uma expectativa muito grande e, no processo de avaliação de aplicação, conseguiremos mensurar algo muito subjetivo e apresentar os resultados para a comunidade”, explica.
Além do tenente Amaral, foram apresentados o assessor Ariel da Silva Viana e os agentes cívicos Waldir dos Santos Machado (Força Aérea); Rinaldo da Silva Ribeiro (Exército); David Pereira da Silva (Marinha); Pedro Ronaldo Toniolli (Exército); Luiz Cláudio de Oliveira Nascimento (Marinha); Marcelo Joaquim Santos da Costa (Marinha); Luis Fernando Flores da Rocha (Exército) e Charles Wakernagel (Exército).
“São dez agentes; selecionamos oito militares e, agora, vamos selecionar duas mulheres militares, uma para cada escola”, explica o tenente Amaral.
O programa municipal também funcionará na E.E.F. Lions Club Comp. Oscar Maluche e, segundo o prefeito, uma terceira escola deve contar com a ação em breve.
”Vamos ampliar, quem sabe, no futuro, poder contemplar mais alunos num projeto tão importante como esse. Os resultados são fantásticos, tanto dentro como fora da sala de aula. É um investimento estimado de R$ 60 mil por mês com pessoal, além de outros itens de estrutura, mas é um investimento que vale muito a pena. Quando vemos o retorno, percebemos que isso não tem preço”, completa.
Para além do conhecimento pedagógico, o programa pretende atuar de forma mais presente frente às dificuldades nas escolas. Assim, o tenente Amaral aponta que a ação tem a intenção de auxiliar os alunos a seguirem um caminho correto de desenvolvimento.
“A nossa maior dificuldade, desde o projeto do governo federal, é convencer os alunos de que eles são capazes. Eles olham para o lado e veem um tio preso, veem um pai que já está falecido, veem uma mãe que é viciada. Qual é a esperança deles? Eles acham que serão isso e não acreditam em sua própria capacidade. Não acreditam que são seres novos e diferentes, que podem fazer tudo diferente na vida deles. A maior dificuldade é fazê-los acreditar neles mesmos”, completa o tenente.
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