Reforma política: DEM quer fusão com PTB

Em Brusque, novo partido nasceria sem parlamentares ou secretários, porém, com mais de mil membros

Reforma política: DEM quer fusão com PTB

Em Brusque, novo partido nasceria sem parlamentares ou secretários, porém, com mais de mil membros

Com o fim das coligações previsto na reforma política que tramita a passos largos no Congresso Nacional, vários partidos hoje sem representatividade ou capital político para poder andar com as próprias pernas começam a buscar parceiros maiores para fusões. O Democratas (DEM) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) fazem parte deste grupo. O novo partido deverá se chamar PTB também, mas adotará o número do DEM, o 25. Em Brusque, ambas as siglas não possuem representação no governo ou na Câmara de Vereadores, mas planejam voos mais altos nas eleições do ano que vem.

O processo de fusão entre as duas siglas já iniciou, mas ainda enfrenta resistência de alguns deputados federais. O DEM brusquense é o maior partido em número de filiados do município, com, aproximadamente, 1,2 mil membros. Apesar disso, o partido não conta com nenhum parlamentar na Câmara de Vereadores de Brusque e nem no primeiro escalão da Prefeitura de Brusque. Nas eleições de 2012, o partido coligou-se com o PSD e o PRB. A coligação elegeu quatro parlamentares, todos pessedistas (Ivan Martins, Dejair Machado, Celso Emydio e Roberto Prudêncio Neto). Na lista de suplência, dentre os cinco primeiros nomes nenhum é do Democratas.

O PTB – que tem 172 filiados ativos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -, por sua vez, participou da coligação com o PSB e o PTdoB no pleito de 2012. A união conseguiu eleger um vereador, Moacir Giraldi, do PTdoB. No entanto, enquanto o DEM não possui suplentes entre os cinco primeiros, o petebista Nilson Pereira – que concorreu como Nilson Despachante e fez 836 votos -, é o segundo suplente da coligação, atrás de Nino Gamba (PSB).

Com os dois partidos longe do centro político de Brusque, as lideranças veem com bons olhos a possível fusão. De acordo com o secretário do diretório municipal do DEM de Brusque, Waldir da Silva Neto, no dia 27 de abril houve uma reunião com a direção estadual na qual foi tratado da fusão com o PTB. “Tem 80% de chances de que a fusão vai dar certo. Até o início de junho vai ser apresentado o processo no TSE, porque a Justiça tem 60 dias para analisar. Assim, nas eleições municipais de 2016 já vai ser possível candidaturas no novo partido”, afirma.

O presidente municipal do PTB, Nilson Pereira, afirma que o seu partido tem menor envergadura política e entende que a união com os democratas seria benéfica no âmbito municipal. “Seria interessante a fusão, porque sozinho não tem condições. Agora que não vai mais poder haver as coligações, tem que compor”, diz.

Pereira diz que, se for decidido pelas executivas nacionais pela fusão, os membros petebistas serão informados de como a sigla se comportará. “Vamos fazer reuniões para discutir o assunto e apresentar o pensamento da diretoria, para escolher o melhor caminho a ser tomado”, afirma.
Meta é eleger dois em 2016

Segundo Silva Neto, no cenário municipal a fusão ainda não foi debatida entre correligionários. Atualmente, o plano do DEM é se fortalecer para o ano que vem, com o objetivo de eleger, pelo menos, dois vereadores. “Temos uma lista de 15 nomes, inclusive de mulheres, estamos focando nelas também, para concorrer no ano que vem”, diz.

A meta do DEM, sem a fusão, é conseguir colocar dois vereadores no parlamento brusquense, de acordo com o democrata. Vendelin Bosio, ex-vereador e presidente municipal do DEM, é um dos nomes que podem pintar nas eleições do ano que vem.

Já no caso do PTB, o partido enfrenta dificuldades para conseguir o número de candidatos. Segundo Pereira, embora a sigla conte com quase 200 filiados, são poucos os que aceitam passar pela provação das urnas. “Como eu desejo ser candidato, e serei candidato, tem que procurar uma alternativa [de fusão sem coligações], alguma coisa tem que ser feita”, diz Nilson.

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