Revendedores de Brusque começam a reajustar o preço do botijão de gás
Aumento é motivado por mudança na política da Petrobras; valor pode chegar a R$ 65
Aumento é motivado por mudança na política da Petrobras; valor pode chegar a R$ 65
As revendedoras de GLP-P13, o conhecido gás de cozinha, já começam a repassar os novos valores ao consumidor em Brusque. O aumento – o segundo neste ano – deve-se à nova política de preços anunciada pela Petrobras no dia 8 deste mês.
De acordo com o comunicado da empresa, o reajuste no valor do gás de cozinha é de 6,7%. Esse percentual é repassado às distribuidoras, que então cobram das revendedoras e assim por diante, até que chegue ao consumidor final.
Segundo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor médio do botijão em Brusque era de R$ 53,67 no dia 6, ou seja, dois dias antes do anúncio da Petrobras. Esse preço é para as vendas no balcão. Com a entrega, a maioria das empresas no município têm vendido a R$ 60.
No entanto, com este novo aumento, algumas revendedoras já começam a reajustar os preços, como a Gohr Gás. A administradora Silvana Gohr explica que a empresa não havia repassado o reajuste feito em março, mas desta vez não tem como segurar.
“Desta vez, não terei condições, porque mês que vem sai o dissídio dos nossos funcionários, então já terá um aumento”, afirma Silvana. O aumento no valor do botijão com entrega foi de R$ 2, ou seja, foi a R$ 62, percentual abaixo dos 6,7% acrescidos pela Petrobras.
Neste início, quando muitas revendas ainda têm botijões em estoque comprados pelo preço antigo, a tendência é que exista uma diferença entre as empresas. Contudo, isso deve desaparecer na medida em que todas renovem seus depósitos.
A Graczcki Gás não tem estoque tão grande, então já teve de comprar uma carga nova com preço reajustado. A atendente Cláudia Carvalho conta que o valor está sendo repassado integralmente. Com entrega, o botijão já custa R$ 65.
Enquanto isso, Valnildo Schmitz, dono do depósito de gás Schmitz, estuda como será o repasse deste novo reajuste aos consumidores. No fim, avalia, algum valor deverá ser cobrado do cliente final, mas a briga pela concorrência também deve influenciar nessa conta.
Nova política
A Petrobras anunciou, no dia 8, uma nova política de preços para o segmento de gás. A partir de agora, não haverá apenas um aumento por ano. Serão feitas avaliações mensais sobre os custos, como já acontece com a gasolina, por exemplo.
O preço nas refinarias será calculado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações da venda do dólar, acrescida de uma margem fixa de 5%.
O presidente da estatal, Pedro Parente, não acredita que essa política impactará, necessariamente, em mais gastos para os brasileiros. “Em relação ao consumidor final, podemos dizer que, a exemplo do que está acontecendo com a gasolina e com o diesel, nós vamos seguir rigorosamente a referência utilizada, significando dizer que, assim como pode subir [o preço], também pode cair”.