Samae negocia para instalar novo reservatório no bairro Águas Claras
Estrutura deve ficar em terreno que foi motivo de processo judicial envolvendo a autarquia
Estrutura deve ficar em terreno que foi motivo de processo judicial envolvendo a autarquia
Epicentro de um escândalo político em 2013, um terreno localizado no bairro Águas Claras volta ao noticiário. Agora o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) negocia para instalar um reservatório no local, fato que era pretendido antes de virem à tona irregularidades na negociação, seis anos atrás.
De acordo com o diretor-presidente do Samae, Dejair Machado, os atuais donos do terreno querem loteá-lo. Entretanto, eles precisam de abastecimento d’água para viabilizar o empreendimento.
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“Eles foram verificar a viabilidade de ligar água na região, mas não temos como, até porque é um lugar alto”, diz Machado. A negociação evoluiu a partir desse impasse.
O diretor-presidente explica que os loteadores estão propensos a aceitar doar uma parte do terreno para a instalação de um reservatório de 1 milhão de litros d’água no bairro Águas Claras.
Ele afirma que o negócio está bastante avançado e será importante para a autarquia, que já procura um local para um novo reservatório naquela área do município.
Machado diz que, por um lado, é bom para melhorar a oferta de água, enquanto que para os empresários é bom para o negócio. O diretor-presidente esclarece que o reservatório atenderá toda a população, não só o loteamento.
“Não teremos que pagar nada”, destaca Dejair Machado. A conversa entre proprietários e o Samae continua. Embora esteja avançada, ainda precisa ser formalizada.
Uma vez fechado o acordo, ele deverá ser encaminhado à Câmara de Vereadores na forma de um projeto de lei que será votado. Só depois é que o terreno passará à posse da autarquia para a obra.
Polêmica
O imóvel em questão é o mesmo que foi alvo do escândalo que resultou nas condenações penais, em 2016, do ex-vice-prefeito Evandro de Farias, o Farinha; do ex-diretor do Samae, Marcelo Rosin; e dos empresários Denis Smaniotto, Fabiano Tonelli e Leandro Moresco, todos do ramo imobiliário.
Em outro processo por improbidade, somente Smaniotto e Farinha foram condenados. Os demais foram absolvidos, também na primeira instância, em Brusque.
Em 2011, o Samae desapropriou a área. Dois anos depois, o vereador Ivan Martins denunciou que o terreno havia sido superfaturado na hora de vendê-lo ao município.
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Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores investigou o assunto na época.
Depois da repercussão e das ações, o negócio foi desfeito. O terreno voltou ao empresário Denis Smaniotto, que o revendeu para outras pessoas.
Os atuais proprietários não têm relação com os fatos ocorridos em 2011.