Secretaria de Obras e Defesa Civil de Brusque explicam trabalhos de recuperação após enchente
Novas chuvas previstas para o início da próxima semana podem atrapalhar cronogramas
Novas chuvas previstas para o início da próxima semana podem atrapalhar cronogramas
A avenida Beira Rio segue passando por processo de limpeza e levantamento dos estragos causados pela enchente de 17 de novembro. Os trabalhos de recuperação das áreas do município atingidas pelas águas também continuam, mas chuvas previstas para o início da próxima semana podem atrapalhar e atrasar o cronograma da Secretaria de Obras de Brusque.
“Na Beira Rio, num primeiro momento, é necessário raspar, tirar a lama, o lodo, aquela nata que vai sobrando. A segunda parte é um pouco manual, com pás e máquinas de pequeno porte. Paralelo a isso, temos que limpar as bocas-de-lobo. Porque se a boca de lobo estiver entupida, não é possível lavar a via, se passa um caminhão-pipa ou mangueira, a água fica empoçada”, explica o secretário de Obras, Ivan Bruns Filho, ao PodPrefa, podcast da Prefeitura de Brusque.
A avenida Luiz Henrique da Silveira, novo trecho da margem esquerda da Beira Rio, tem estragos que chamam a atenção. “Começamos ontem [os trabalhos no local]. Ali, próximo ao River Mall, houve levantamento de asfalto, mas temos que limpar para verificar e avaliar o que aconteceu, quais os danos. Hoje estamos nos trabalhos de raspagem.”
Ivan Bruns Filho cogita que muitos danos ainda serão descobertos por meio destes trabalhos, como rompimentos de tubulação. “Precisamos limpar toda a via e analisar detalhadamente o que aconteceu, quais foram as causas e o que precisará ser consertado. Asfalto, calçada, tubulação, entupimento de bocas-de-lobo. O objetivo é consertar.”
A secretaria concentrou esforços na limpeza das vias ao longo da semana, especialmente de segunda-feira, 20, a quarta-feira, 22. A partir de quarta-feira, foram iniciados serviços de tapa-buraco nas vias asfaltadas, assim como os patrolamentos nas ruas sem pavimentação.
“No decorrer da semana começamos, a passos lentos, mas tentando colocar a equipe ao normal. Ontem e hoje já conseguimos retomar a frente de conserto de concreto, próxima à ponte arquiteta Andréa Volkmann”, complementa Bruns Filho.
“Tentamos finalizar hoje de manhã terminar a parte da rótula da Unifebe até o loteamento Emma II, mas não conseguimos. Tivemos problema com os equipamentos. Nossa previsão é de que, amanhã, consigamos liberar este trecho do Emma II na margem direita.” O local é um dos primeiros a ser alagado quando o rio sai da calha, e um dos últimos a voltar à normalidade. O secretário afirma que este é o motivo pelo qual o trabalho de recuperação neste ponto é mais demorado.
A operação tapa-buracos continua também no fim de semana de sábado, 25, e domingo, 26, assim como trabalhos de patrolamento e limpeza de vias. Na próxima semana, nas áreas afetadas do município, serão iniciados serviços como limpeza de vala, consertos gerais, remoção de areia, lodo e outros sedimentos.
Conforme relata o secretário de Obras, não foram constatados danos em pontes de Brusque em decorrência da enchente. O que houve na ponte Arthur Schlösser, do terminal urbano, foi uma erosão na lateral do enrocamento da beira rio, mas não há danos na estrutura da ponte. Ainda assim, o tráfego no local segue em meia-pista.
“Nossa equipe vai duas vezes por dia fazer acompanhamento. Não há movimentações, nenhum problema com a ponte. Estamos estudando e planejando para dezembro, junto à Secretaria de Infraestrutura Estratégica, o que fazer e como fazer para consertar esta parte da erosão.”
O coordenador da Defesa Civil de Brusque, Edevílson Cugiki, comemora que as previsões de chuva para esta semana não se confirmaram. Contudo, há novas previsões de chuva para a próxima semana. A situação demanda atenção da população que vive nos setores de risco.
“Felizmente, a previsão anterior não se confirmou. O rio segue cheio. Para semana que vem, segunda, terça e quarta, há previsão de chuvas com mais intensidade, 150mm no período dos três dias na pior hipótese. Há cenários mais calmos, apontando 60mm. Seguimos o monitoramento. Como não choveu forte nesta semana, o rio pode baixar gradativamente”, relata, destacando que ainda há risco de deslizamentos, especialmente em uma hipótese de chuvas mais fortes e volumosas.
Cugiki também reforça o trabalho de revisão das cotas do rio Itajaí-Mirim. Equipes da Defesa Civil estão na rua, realizando o levantamento com residências atingidas. Num primeiro momento, os números serão atualizados conforme os níveis desta última enchente.
“Para ano que vem, uma atualização completa com empresa especializada, reivindicando junto à prefeitura. As cotas até então tinham base na enchente de 2011. Para ter algo extremamente apurado, são necessários mais levantamentos”, comenta.
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