Por que perguntar o motivo de seu vizinho não estar mais frequentando a academia? Por que saber quem está na casa do vizinho, e por que essa pessoa não foi na sua casa? Por que perguntar à sua neta quando ela vai arranjar um namorado, casar e ter filhos? Por que saber o que o outro está fazendo naquele momento, ou o motivo pelo qual não vê mais determinada pessoa entrando na casa alheia? O que isso acrescentaria à vida de terceiros? Não se passa pela cabeça que simples perguntas podem magoar, e até desmotivar as pessoas? Os deixaria mais feliz a ciência dessas coisas? Pois é, também acho que não.

Mas a pergunta chave é: Por que cuidar da vida dos outros? Se você gosta de cuidar e dar palpites na vida alheia, aí vão alguns pensamentos particulares: antes de olhar para os outros em busca de erros, olhe pra sua vida e veja o quão errado você é. Antes de especular a vida alheia, procure ocupar seu tempo com algo produtivo. Mas agora se você é desses que trabalha o dia todo, estuda, tem uma profissão, amigos, parentes, filhos e mesmo assim acha tempo pra falar da vida dos outros aí vai a melhor dica de todas: cuide da sua vida.

Esse tipo de pessoa, que tem prazer em cuidar da vida alheia, geralmente é frustrada, infeliz e sem perspectiva de vida, que alimenta a inveja e rancor pelas conquistas alheias, e alguns até tentam prejudicar outros com o intuito de ver confusões e desarmonia. Não conseguem ou não querem centrar na sua própria existência e ver possibilidades de progredir como pessoas, optando em viver na mesquinhez.
Querem, de alguma forma, controlar os passos dos outros como um meio de preencher a sua existência oca. São falsos(as) moralistas e donos(as) muitas vezes de uma verdade desprezível.

As pessoas implicam com outras, acham que tem solução para as coisas que não lhes dizem respeito e vão se metendo em tudo como se fossem donas da verdade. Mas se olharmos para elas, vemos que suas vidas estão um caos e que não resolvem nem seus próprios problemas. Pessoas que cuidam da própria vida não prestam atenção na vida dos outros, a não ser quando percebem que alguém está precisando de ajuda – isso é empatia. Estão sempre dispostas a dedicar um tempo para ouvir, ajudar, acolher o outro, pois são solidárias. Ao contrário do que possa parecer, não são egoístas, apenas se aproximam da vida alheia para torná-la melhor.

Não é à toa que nos sentimos tão bem perto dessas pessoas que somente cuidam das nossas vidas quando pedimos ou quando percebem que estamos chateados, tristes. São pessoas bem-vindas, que nos provocam sorrisos espontâneos, que tornam a vida menos pesada, menos perigosa. Embora não consigamos evitar por completo as pessoas desagradáveis e enxeridas, sempre poderemos contar com o apoio acalentador e prazeroso daqueles que nos somam coisas boas. Por eles é que a vida vale a pena.

 

Tem gente que faz do propósito de sua vida a arte de cuidar da vida dos outros. Sabe a hora que o vizinho sai, a que horas volta, onde trabalha, quem são seus amigos e até como é a sua vida particular. Geralmente pessoas assim observam a vida dos outros com o único intuito de criticar, invejar e desmoralizar o seu semelhante.

Essa mania de viver para cuidar da vida do próximo na verdade camufla por parte do fofoqueiro uma grande insatisfação com a vida que tem. Geralmente essas pessoas são muito infelizes, tem famílias desestruturadas, padecem de dificuldades financeiras, emocionais entre outras que faz de suas vidas algo nada interessante.

Pessoas felizes não tem tempo para ficar cuidando da vida dos outros. Elas não perdem o seu tempo com fofocas, mentiras, leva e traz entre outros comportamentos tóxicos típicos daqueles que são infelizes. Pessoas felizes são nutritivas em suas relações profissionais, pessoais e sociais, visto que não ocupam o seu tempo em ficar criticando os outros e nem sente a necessidade de viver agradando o tempo todo para ter aprovação. Então meus caros leitores, sejamos sempre pessoas extremamente felizes!


Cristiane de Souza
 – Estudante de línguas