Com fortes dores dia e noite, jovem que sofre de neuropatia diabética precisa de ajuda

Aos 18 anos, Cristiano Duarte de Souza é levado ao hospital de São João Batista pela mãe três vezes ao dia

Com fortes dores dia e noite, jovem que sofre de neuropatia diabética precisa de ajuda

Aos 18 anos, Cristiano Duarte de Souza é levado ao hospital de São João Batista pela mãe três vezes ao dia

Há quatro meses, a vida de Cristiano Duarte de Souza, 18 anos, tem sido de muito sofrimento. O morador de São João Batista descobriu que tem neuropatia diabética. Desde então, os dias e noites têm sido turbulentos, angustiantes e de muita dor.

Desde 1 ano e sete meses, o jovem convive com a diabetes, o que faz com que precise tomar altas doses de insulina por dia, devido à instabilidade da glicose. A mãe Maria Rosa Duarte de Souza, 43, explica que o diabetes do filho é também emocional. O jovem ainda possui uma estrutura óssea atrasada em cerca de três anos.

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De um tempo para cá, Cris, como é chamado, passou a sentir fortes dores e queimação nos pés, que aos poucos foi subindo para as pernas e hoje atinge o corpo inteiro.

Até descobrir a doença, a mãe procurou diversos médicos e realizou todos os exames possíveis. Mas em nenhum deles apontou o que o filho tinha. “Enquanto isso, a dor dele ia aumentando, e eu desesperada sem saber o que fazer, como agir”, lembra Maria.

Mesmo perdida, a mãe permaneceu com esperança viva, e ao ir na Unidade Básica de Saúde do Centro (UBS), conseguiu atendimento com um médico, o qual, imediatamente, diagnosticou o filho.

“Segundo ele, a doença se desenvolveu devido ao uso de insulina por muito tempo e a carga alta do medicamento. E por ser um diabetes emocional, o nível de estresse dele também acarretou”, conta.

Arquivo pessoal

Após o diagnóstico, Maria procurou outro médico especialista no Rio Grande do Sul, o qual detalhou para ela a doença do filho. “Ele explicou que os nervos são como fios elétricos, e com a doença eles ficam desencapados. Então toda vez que encosta na pele causa a queimação e os choques”.

Os “choques”, como descreve Maria, são os causadores dos movimentos involuntários no corpo do filho. Mesmo dormindo, os nervos não param e fazem com que se movimentem o tempo todo. “Ele não consegue descansar. O corpo não para. Fora que ele sente muita dor o tempo todo”.

Tem momentos que Cris não consegue apoiar os pés no chão. Em outros, não consegue vestir nenhuma roupa, pois a sensibilidade ao toque no corpo é muito forte, dando a sensação de queimadura.

De duas a três vezes por dia, Maria precisa correr com o filho para o hospital devido às crises. “Sempre dá de um jeito diferente, e como agora já conheço um pouco melhor, faço massagens. Cada reação que ele tem já sei onde é a dor e faço a massagem, mas tem vezes que nem isso ajuda”.

No hospital, os médicos aplicam diversas doses de remédios para aliviar as dores, mas depois de diversas tentativas frustradas, a solução é a morfina. “Ele está tomando tanta morfina, que preciso tentar em casa o máximo de massagens possíveis, para evitar um pouco”, lamenta a mãe.

Enquanto a reportagem de O Município conversava com a mãe, Cris chegou a desmaiar da dor, mas logo foi reanimado por Maria. “Eu tentei ser forte até agora, lidar com a situação sozinha, mas já não tenho mais forças”, emociona-se.

Além de Cris, Maria ainda tem a ajuda da filha Adrielly, de 10 anos, a qual tem sido o braço direito neste momento.

Tratamento

O médico que diagnosticou Cris informou para a mãe que uma forma de tratamento para a doença é por meio de uma bomba de infusão, que administra as doses de insulina no corpo de forma automática. Entretanto, o aparelho custa em torno de R$ 15 a R$ 20 mil.

Além disso, Maria fez contato com um médico de São Paulo, o qual também possui a doença e descobriu em um medicamento natural uma forma de aliviar o sofrimento. Porém, o remédio custa em média R$ 1 mil por mês.

“Mas estou disposta a ir até São Paulo para tentar esse tratamento também, não aguento mais ver meu filho sofrer dessa maneira e não saber o que fazer, estar de mão atadas”, diz.

Maria é autônoma, e possui um trailer em frente ao prédio em que mora, na entrada do bairro Krequer, no qual vende lanches. Porém, com a doença de Cris precisou parar de trabalhar para cuidar do filho. “Era ele quem me ajudava na lanchonete, agora não consigo mais deixar ele sozinho aqui”. Ela é separada do pai de Cris, que faz uma contribuição mensal em dinheiro.

Como ajudar

Para ajudar no tratamento do filho, Maria decidiu criar uma Vaquinha Online (www.vakinha.com.br/vaquinha/668473) para arrecadar R$ 20 mil. Além disso, uma rifa está circulando no valor de R$ 5, a qual será sorteada no dia 10 de setembro.

Os bilhetes de rifa podem ser adquiridos nas lojas Baby & Kids, na SC-410, no bairro Carmelo; Lanchonete e Pizzaria Pacheco’s, no bairro Tajuba I; Baterias Silva e Edilson Motos, no Centro.

“Eu tentei fazer tudo sozinha até agora, sem pedir ajuda. Mas não consigo mais. Precisei parar de trabalhar, tenho o aluguel do apartamento para pagar, os exames constantes que tenho que fazer”, diz.

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Maria ainda busca apoio de um enfermeiro ou técnico em enfermagem para lhe auxiliar em alguns dias da semana para que possa descansar. “Eu já não durmo mais, não consigo descansar, porque não dá para tirar o olho de cima dele”, lamenta.

A secretária de Assistência Social, Rosane Sartori Rosa, conta que a mãe procurou a secretaria e ainda esta semana iria visitar a família para ver em quais programas conseguirá enquadrá-la.

Além disso, a secretária de Saúde, Karin Leopoldo, também disponibilizou para Cris um tipo de insulina mais forte para auxiliar no tratamento.

Vídeo mostra momento em que Cris dorme e o corpo continua a se movimentar: 

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