Quem acompanha datas comemorativas – e quem, usando redes sociais, consegue não acompanhar? – sabe que existem vários dias que comemoram os livros. Tem dia do livro infantil, tem dia mundial do livro, dias voltados às bibliotecas… e tem o Dia Nacional do Livro, que foi comemorado na segunda-feira passada.
Para entrar no clima, nossas beltranas foram convidadas e indicar um livro que seja importante em suas vidas. O resultado está aí: uma belíssima lista de livros para que a gente dê aquela enriquecida básica em nossos mundos. E… veja só que interessante… não é que uma boa parte deles tem mulheres como protagonistas?
Minha homenagem hoje vai ao Livro das Virtudes, de William J. Bennett.
Ele se torna tão especial que todos parecem cuidar dele de um jeito diferente, como se “nele” ficasse guardado um pouco de cada um de nós! Cheio de histórias atemporais, eternas, que nos faz mergulhar em sentimentos tanto nossos como de outras pessoas, num profundo exercício de reflexão, compaixão, perseverança, empatia, fraternidade, amizade, etc. Uma ótima oportunidade de conversar sobre o verdadeiro sentido da vida. Acho um ótimo livro para se ler com os filhos!
Daniela Moritz – leitora
Minha homenagem de Hoje vai para o primeiro volume de O orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares, de Ranson Riggs, pois ele aborda fendas no tempo em que podemos viver nossas peculiaridades, e penso que o momento é bem esse, encontrarmos rotas imaginárias, mundo encantatórios, onde possamos ser nós mesmos!
Silvia Teske – leitora
Comemorar o dia do livro com boas histórias é muito legal, são tantas obras e significados que os leitores se deliciam em linhas, entrelinhas, sobretudo alimentando o imaginário. Percorrer as páginas de um livro é como viajar pelos mais diversos ambientes (ahhh que clichê), mas não tem outra forma de falar o quanto é bom degustar (como diria Rubem Alves) cada palavra escrita.
Alguns livros são como amuletos, te dão força para continuar, outros são incentivadores, há aqueles divertidíssimos e os que fazem pensar… Bem penso que muitos ou quase todos de alguma forma te fazem pensar.
Um título que lembro bem um momento que estava passando, foi o romance da Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar e Amar, eu tinha acabado de chegar em Brusque (2010) iniciando uma nova trajetória de vida, trabalho, amigos, cidade tudo novo… mergulhei no romance e por alguns dias quis ser a personagem, penso que foi uma rápida fuga do novo, mas todo bom livro – e o bom livro pra mim, pode não ser para você – acaba e ai vieram outros e outros…
Kátia Costa – leitora
Só consigo pensar no livro A Metamorfose, de Franz Kafka. Conta a história de um caixeiro viajante que se transforma num inseto monstruoso. Repudiado pela família, sua única companhia é ele mesmo. Essa obra foi escrita em 1912, e, que atual! Recomendo!
Vania Gevaerd – leitora
Em Nome da Princesa Morta, de Kenizé Mourad – À primeira vista, pode parecer um conto de ‘As Mil e Uma Noites’, mas trata-se do relato verdadeiro da vida de uma das últimas sultanas da corte imperial turca, narrado por sua própria filha. O destino trágico da princesa Selma se entrelaça com a conturbada história das primeiras décadas do século na Turquia, no Líbano e na Índia, justamente no período em que esses países se levantavam em rebeliões nacionalistas contra o domínio europeu e a monarquia. Fugindo de um lugar para o outro, em um eterno exílio que terminaria apenas na Paris tomada pelos nazistas, Selma viveu o fausto dos palácios, conheceu desilusões amorosas e a miséria, tendo sempre a seu lado o velho Zeynel, seu fiel eunuco.
Regiane Moresco – leitora
Poderia falar de vários, e é difícil mesmo escolher um só… Cem Anos de solidão (Gabriel Garcia Marques) O Deus das Pequenas Coisas (Arundhati Roy)… Mas escolho ORLANDO, de Virgínia Woolf (uma das minhas escritoras prediletas). Nascido homem, em família inglesa abastada, Orlando acorda em um corpo feminino durante uma viagem à Turquia. Por ser imortal, sua história atravessa mais de três séculos, ultrapassando as fronteiras físicas e emocionais entre os gêneros masculino e feminino. Ambiguidades, temores, esperanças, reflexões – tudo é observado com inteligência e muita sensibilidade. Detalhe, Orlando foi publicado originalmente em 1928, há quase um século e continua sendo uma das obras literárias mais ricas sobre a sexualidade humana, além de muito atual, como toda a obra de Virgínia Woolf, muito à frente da sua época.
Marcia Cardeal – leitora
Minha homenagem vai ao livro As Cinco Pessoas que Você Encontra no Céu, de Mitch Albom. Pois ele visa o amor e valor ao próximo, que é algo não tão notado ultimamente…
“Nenhuma história existe isoladamente. As histórias as vezes se justapõem como azulejos numa parede, as vezes se justapõem umas às outras como pedras no leito de um rio. […] Cada vida afeta a outra, e a outra afeta a seguinte, e o mundo está cheio de histórias, mas todas as histórias são uma só”. Muito curiosa para saber quem seriam essas cinco pessoas que eu encontrarei.
Cristiane de Souza – leitora
Vou falar de um livro que eu amo tanto que comprei vários para presentear e emprestar. Benta dos Ganchos, da autora catarinense Carmem Germann, fala de uma mulher forte, com poderes, como todas nós, de transformar o mundo. Uma bruxa certamente capaz de transmutar conceitos e quebrar paradigmas, com incríveis poções mentais nos faz pensar e sentir, desperta em nós a certeza que é possível mudar o ambiente a nossa volta com nossos pensamentos e ações. Um livro de ficção (por tempo desejei, que fosse verdade). Talvez porque eu goste tanto daquela região de Governador Celso Ramos e tenha me identificado com ela. Mas o que importa é que Carmem nos leva a conhecer Benta e nossa vida não é mais a mesma…
Constansa Becker – leitora
Uma vez um professor num curso de contos falou de um autor chamado Amós Oz. Não dei importância, me soou estranho. Uns dois anos depois, na biblioteca do Sesc, vi esse nome na prateleira e resolvi levá-lo. Foi das melhores surpresas! O título é De Repente, nas Profundezas do Bosque. Não queria que ele acabasse, fui degustando devagar, sentindo cada aroma, cada devaneio. Uma atmosfera lúdica, inventiva, escancarando facetas humanas de forma delicada e também forte. Me lembrou a sensação que tive ao ler, anos antes, Cem anos de solidão, do Gabito. Aliás, esse é um que está na fila da releitura e, não sai dela, confesso, por receio de não me causar a mesma sensação avassaladora que tive ao ler. Realmente, uma preciosidade. Daqueles livros para se viver com ele, comendo-o, dormindo-o, como tão bem narrou Clarice Lispector em seu conto Felicidade Clandestina, meu favorito. Ali ela descreve lindamente o amor por um livro que, por fim, torna-se amante.
Lieza Neves – leitora
Fecho os olhos e tento visualizar capas de livros que fizeram parte da minha vida. Que reli até decorar. Que tenham personagens que tenham virado parte da família. No final, fixo minha memória emocional em dois livros. Que, na verdade, são seis.
Os dois primeiros são Mulherzinhas, de Louisa May Alcott e sua continuação, A Rapaziada de Jô. Talvez muita gente conheça a história através dos filmes que o livro gerou – e que continua gerando, logo vai ser lançada mais uma versão dele, comemorativa aos 150 anos de seu lançamento. Desta vez, o elenco vai ter Emma Watson e… até Meryl Streep! A história das irmãs March, adolescentes com personalidades muito diversas, lutando para viver em plena Guerra Civil Americana, é uma unanimidade, leitura perfeita para meninas de todas as idades. Com qual delas você se identifica mais? Meg? Jô? Amy? Beth?
Os outros quatro livros são os quatro volumes de As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley que, nos anos 80, capturou minha imaginação para sempre com a saga do Rei Artur, contada pelo ponto de vista de Morgana, sua irmã feiticeira, sempre mostrada como vilã da história.
Claudia Bia – leitora
Eu gosto muito do livro O Poder dos Quietos, de Susan Cain. O estudo da autora desmistifica a ideia de que precisamos ser extrovertidos e falantes, conceito bastante difundido no mundo acadêmico e empresarial. Ainda, ressalta da importância de pessoas introvertidas e tímidas para a geração de ideias, avanços em pesquisas, e para o exercício da liderança. Ela vai apresentando casos reais e exemplos de pessoas tímidas bem-sucedidas que foram fundamentais na história. Gosto muito e recomendo, principalmente, para que as pessoas percebam a importância de entender que não existe perfil certo e errado para nada, e que é preciso acabar com esteriótipos idealizados. Além disso, é uma grande sensação de alívio para quem se identifica com a timidez.
Clicia Helena Zimmermann – leitora
Meus atuais livros de cabeceira – além daqueles sobre maternidade – são: O Poder do Hábito, de Charles Duhhig, que estuda sobre nossas atitudes e a importância de comportamentos organizados, de modo a formar novos hábitos, essenciais para sucesso pessoal e profissional, além de entendermos o porquê de muitas de nossas atitudes.
O segundo livro parece um livro comum de orações, mas não é. O nome é Conversando com Deus, de Neale Donald Walsch. É uma reflexão profunda sobre os males da humanidade, sobre a vida, e almeja a elevação espiritual.
Ambos os livros me guiam nas atividades do dia-a-dia e na filosofia de vida a ser seguida.
Maiara Dalcegio Favretto – leitora
Adoro livros de gastronomia (claro…) Uma leitura gostosa e enriquecedora de conhecimentos gerais sobre gastronomia é: O Homem que Comeu de Tudo de Jeffrey Steingarten. Outro livro que é excelente é: A Rainha que Virou Pizza. Nessa obra de J.A. Dias Lopes encontramos crônicas em torno da história da comida no mundo.
Michelle Kormann da Silva – leitora