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Transporte irregular coloca em risco a segurança de passageiros

PMRv diz que falta de documentação das empresas de transporte está entre as ocorrências mais comuns

Transporte irregular coloca em risco a segurança de passageiros

PMRv diz que falta de documentação das empresas de transporte está entre as ocorrências mais comuns

A frequência com que ônibus, vans e micro-ônibus entram em Brusque todos os dias aumenta a necessidade de fiscalização nas rodovias que dão acesso a cidade. Segundo o sargento Marcelo Vieira Ramos, comandante do 2º Grupo de Polícia Militar Rodoviária de Gaspar (PMRv), esse controle é feito todos os anos, mas com pouca frequência.

“Infelizmente temos baixo efetivo para cobrir essas áreas, mas sempre organizamos ações dessa natureza, justamente por ser uma região que recebe muitos turistas. Na semana passada, por exemplo, nos dias 13 e 14, fizemos uma blitz nas rodovias Ivo Silveira e Antônio Heil junto com representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Departamento de Transportes e Terminais (Deter)”, conta o sargento.

Durante a fiscalização, os policiais pararam cerca de 30 veículos e oito deles estavam irregulares, ou seja, sem a documentação necessária ou autorização para transportar turistas. “Isso pode colocar em risco a segurança dos passageiros, como aconteceu recentemente no acidente em Joinville, por exemplo”, relembra.

Ele explica que as empresas de transporte e turismo devem fazer um cadastro na ANTT, para o caso de viagens interestaduais, e no Deter, para veículos que pretendem fazer trajetos intermunicipais. Segundo Orlando Provesi Massaneiro, proprietário da Massaneiro Turismo, o transporte irregular prejudica o trabalho de quem mantém a documentação em dia.

“O serviço oferecido por essas empresas é mais barato, pois eles não passam por toda a burocracia exigida pela ANTT. Normalmente fazemos o trajeto para turismo de compras entre Brusque e São Paulo, para isso é necessário que nós façamos um cadastro junto ao órgão, que inclui o número de passageiros e o nome de cada um deles, o que exige o pagamento de uma taxa por parte da empresa de transporte, mas rende a segurança dos passageiros. Quem faz isso clandestinamente, muitas vezes não oferece isso”, revela.

A empresa de Massaneiro tem seis ônibus e trabalha exclusivamente com o transporte interestadual e internacional. Além da documentação dos veículos na ANTT, os 14 motoristas que trabalham com ele precisam também da documentação do órgão, que inclui os antecedentes criminais dos profissionais. O comandante da PMRv afirma que as pessoas que desejam vir à cidade fazer compras devem sempre procurar empresas especializadas no ramo e ou indicações dos próprios estabelecimentos, como é feito em alguns shoppings de Brusque.

Cleiton Pires, representante do Master Shopping na Associação de Centros Comerciais Atacadistas de Santa Catarina (Acecomvi), afirma que orienta consumidores e indica empresas que fazem esse tipo de serviço, mas não existe um controle por parte dos shoppings atacadistas em relação a regularidade dos veículos. “Se alguém do Oeste do estado, por exemplo, nos liga dizendo que quer visitar nossas lojas, nós recomendamos algumas empresas da região onde ele mora, mas essa parte de fiscalização não compete a nós”, explica.

Ele conta que algumas empresas de transporte fazem um cadastro com representantes comerciais da região, também chamados de agentes de moda. Assim que eles visitam uma loja em determinada cidade ou estado, ele faz a indicação de agências de turismo cadastradas na região onde se encontra o cliente. “Esse tipo de serviço não é realizado pelo shopping, mas é feito por profissionais que representam algum estabelecimento que está aqui dentro”, explica Pires.

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