Vi muita gente otimista com o novo ano. Todo começo parece fazer renascer a esperança. Ouvi muitas pessoas com desejos de ter um ano com mais tranquilidade, paz e estabilidade. Que 2017 trouxesse uma trégua, um frescor para as vidas reviradas em 2016.

Mas, as notícias para quem acompanha estudos de cenários talvez não estejam alinhadas com os votos de calmaria. Estamos em meio a uma transição cultural, mercadológica e de pensamentos. E viver uma transição não condiz com elementos como estabilidade ou tranquilidade para este momento.  Isso não é necessariamente ruim. Significa movimento, mudanças, crescimento, ajustes. É fundamental compreender o equilíbrio dinâmico como ponto chave para a evolução.

Somos seres em constante transformação e desenvolvimento. Não nascemos prontos, lembra o professor Cortella. Então, por que nos acomodarmos e ficarmos estagnados em situações que não nos trazem alegria? Talvez, milhares de anos fugindo do perigo, tenha desenvolvido nos seres humanos uma crença de não desperdiçar energia (como se a energia não pudesse ser renovada) ou de que o certo é melhor do que o duvidoso. Como saber se não tentar? É só espiar para fora da janela e observar a natureza, e perceber que tudo está em constante movimento. As marés, a lua, o anoitecer e amanhecer, plantas, animais.  Nada será para sempre bom ou ruim. Desculpem o reducionismo, mas percebo que em muitos grupos, e até em mim, que se faz necessária mais ação, mais ritmo, mais brilho no olhar.

Comece a se perguntar: O que te move? O que te impulsiona a ser melhor? Quais os sonhos adormecidos na infância? Quais talentos ficaram esquecidos, engolidos pela rotina e falta de tempo? O que você gostaria de fazer se não precisasse ganhar dinheiro?

Então, voltando a 2017, e ao estudo dos ciclos, teremos um ano de recomeços, voltas por cima, e nesse momento, é necessário sonhar. Sonhe alto, abra as portas para todas as possibilidades, mesmo que as mais distantes. Permita-se sair da zona de conforto e experimentar algo novo. O ano irá exigir lógica nas decisões e força para a ação, mas isso não nos impedirá de sonhar e querer o melhor para nós e a todos ao nosso redor.

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Clicia Helena Zimmermann – professora, consultora e especialista em mapeamento de ciclos