Situado no extremo Sul de Brusque, temos a Rua Cristalina, pertencente ao Bairro Dom Joaquim, que por sinal, se destaca pelas suas belezas naturais, ponto forte daquela localidade.
A estrada na maior parte do percurso não é pavimentada o que nos da um toque ainda mais interiorano, levando aos mais belos cenários de nosso município, como podemos ver nesta imagem. Sempre na ”companhia” do Rio Itajaí Mirim, com suas belas praias, nos convidando para um banho em dias mais quentes, difícil não admirar tamanha beleza. Comum se deparar com o gado pois pastagens por lá é o que não faltam.
Mas Cristalina não se destaca apenas pelo seu belo cenário bucólico, pois temos também as atividades agrícolas, comum entre os moradores do local, como D. Beatriz Petermann que com seu esposo Ademir, têm no cultivo de frutas, verduras e legumes, a fonte de renda da família.
”Grande parte das Hortaliças encontradas nos mercados de Brusque vem da Cristalina”, destaca Beatriz que por sua vez, reclama da alta carga de impostos embutidos nos defensivos agrícolas. “É um absurdo, em um país onde as pessoas passam fome, o alimento ser tributado desta forma”, ponderou ela. Registrei quando de minha passagem por lá, algumas imagens mostrando os resultados deste importante e dedicado trabalho daquelas pessoas, que habitam o lugar.
Bom saber que ainda temos em Brusque, lugares onde o progresso urbano ”não deu as caras”. Imagens assim nos transmitem paz, sossego e tenho uma admiração especial pelas pessoas que ali vivem. Me resta torcer para que este cantinho de nossa cidade se preserve e que o homem tenha hoje uma maior consciência sobre sua intervenção no mundo natural. Vejo que muitas ações deveriam ser colocadas em prática para a preservação do meio ambiente como um todo. O que vemos atualmente é que os índices de degradação aumentaram, enquanto de um lado existem muitos lutando por um mundo melhor para todos, de outro lado, a grande maioria busca seu próprio crescimento econômico, com o objetivo de um consumismo cada vez maior e como conseqüência, a obrigação de extrair mais recursos naturais, ocasionando a degradação sem se preocupar e muitas vezes sem saber, que esses recursos não são infinitos. Cabe uma reflexão!