Você já parou para pensar nas temáticas que se repetem em sua vida? E o quanto essas temáticas vão ficando cada vez mais complexas? Ou ao contrário, como aprendemos encará-las de forma mais leve, sem grandes dificuldades com o passar do tempo?
Desde muito nova, percebi que algumas coisas não eram bem do jeito que as pessoas falavam e repetiam como verdades. E fui em busca de respostas e reflexões diferentes.
Uma destas respostas me apresentou o tempo de uma forma que não imaginava. E passei a enxergar a tal linha da vida, não mais reta, mas em forma de espiral. Um espiral que vai se alargando, de acordo com o passar dos anos. Isso implica afirmar que determinados ciclos você irá vivenciar temáticas que já viveu. Mas dependendo da forma como foi vivida, isso poderá vir com amor ou dor, diz o velho ditado.
Esse novo olhar despertou o entendimento de muitas repetições e padrões de condicionamento que eu mesmo impunha ao lidar com situações na minha vida. Essa nova informação também fez com que eu olhasse para os desafios sabendo que são temporários, e que esses me empurram para a evolução, mesmo que eu não queira. Ainda, o quanto é importante assumirmos a responsabilidade quando nos deparamos com eventos difíceis.
Monja Coen, líder espiritual, discursa que diante de um abismo, temos algumas opções: cair, ficar parado, ou dar meia volta e voltar. E começar com um primeiro passo, depois o seguinte, e ir voltando da mesma maneira que você chegou até o abismo. Tão simples? Sim. Não tem outro jeito. Ficar parado olhando para o abismo, resolve? Muito pouco ou quase nada.
E forças para isso?
Acreditem: a cada ano, somos presenteados com um pacote de potenciais que emergem nas situações para seguirmos sincronizados no fluxo da vida. Por isso, temos, sim, condições de superação que vão muito além da nossa capacidade intelectual de compreender. Porém, há sempre uma escolha: aceitar o que vem e seguir em frente ou resistir – neste caso o sofrimento se torna ainda maior.
Por isso, nada de achar culpados ou jogar a tarefa da sua vida para outro alguém. Querendo ou não, você sempre será responsável por tomar a iniciativa e dar o primeiro passo na direção da cura de qualquer espécie: física, emocional, espiritual, mental. Ninguém poderá fazer isso por você.
E assim aprendi a continuar na ciranda da vida, dando as meias voltas necessárias, e espiralando, numa sensação de está tudo sempre certo, apesar dos pesares. E estar consciente que nem sempre será tudo bem, sem sempre será tudo mal.
Clicia Helena Zimmermann – professora, consultora e especialista em mapeamento de ciclos.