Velha política do toma lá da cá continua no governo do estado
Velha política do toma lá da cá continua no governo do estado
- Por Raul Sartori
- 08/01/2019
- 4:50
Toma lá…
Um dos assessores próximos ao ex-governador Pinho Moreira não ficou nenhum dia no sereno. Já saiu sua nomeação para um novo cargo em uma entidade pública estadual (Junta Comercial do Estado) juntamente com outros cinco nomes. Questionado se o novo governador poderia revogar o ato, com nítida motivação política, o cidadão retrucou com tranquilidade. “Não vai acontecer, cada um indicou três”. Quer dizer, a velha prática do dando que se recebe, do nepotismo de todas as formas, cruzado, direto ou disfarçado, continua reinando na política catarinense. Bem ao contrário do que se proclamou na campanha e até depois dela.
Senado na mira
Com candidatura à presidência da Câmara dos Deputados quase certa, o Palácio do Planalto se volta para o Senado. Nos bastidores da Esplanada, a eleição é vista como a mais emocionante dos últimos tempos. Mas pelas especulações já postas a público as chances do senador eleito Esperidião Amin (PP-SC) estão se esvaindo. O adversário a ser batido, Renan Calheiros (MDB-AL), se agiganta dia-a-dia. Se o voto for secreto, levará, fácil.
Sem recessão
Apenas seis estados – entre eles SC – vão conseguir apagar neste ano os estragos causados pela recessão econômica, e superar o Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2014 – quando o País praticamente parou de crescer, conforme levantamento da consultoria Tendências. Em alguns dos demais 20 o nível pré-2014 só deverá ser alcançado em 2020 ou 2021.
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Procura-se
Diante do ocorrido com Tiago Savi Mondo, PhD em Turismo, que abriu mão de assumir a presidência da Santur após a descoberta de uma única postagem em rede social criticando Jair Bolsonaro, ganhou mais importância ainda o conselho do ex-empresário de turismo Orlando Becker ao governador Carlos Moises: que levante o histórico ideológico de seus indicados antes de bater o martelo.
Porte de armas
A flexibilização na legislação sobre porte de armas, como deseja o presidente Jair Bolsonaro, já tem algumas regras básicas: eles poderão ser concedidos somente em estados onde há mais de 10 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. Assim a regra vai valer para quase todos, menos SC e São Paulo, onde não se mata tanto assim. Melhor assim.
Esquerdismo
Notabilizada nacionalmente ao sugerir que estudantes gravem aulas de professores que usam salas de aula para proselitismo político, a mais jovem deputada estadual catarinense diplomada, Ana Caroline Campagnolo (PSD), afirmou em ato público que a reforma educacional será a pauta de seu mandato, como “um compromisso moral e político para, principalmente, combater a hegemonia esquerdista”.
Fora do roteiro
O conhecido diretor de cinema italiano Marco Bellocchio está iniciando, no Rio de Janeiro, as filmagens de um longa-metragem sobre o mais famoso dos mafiosos italianos, Tomazo Bruschetta. Pena que as filmagens não envolvem SC, onde aconteceu a primeira prisão do criminoso no Brasil. Depois de inúmeras fugas em vários países, escondia-se em Itapema, onde foi encontrado no dia 2 de novembro de 1972 e extraditado para a Itália.
Novidade
Lido, alhures, comentário de uma articulista paulistana: “Divergências sempre há (em um novo governo). A novidade é o presidente ampliar a confusão”. É verdade.
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Ranking do futebol
Com metodologia não raro contestada, a “Folha de S. Paulo” publicou o ranking atualizado do futebol nacional, contando com as pontuações das competições de 2018. Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos ocupam as cinco primeiras posições, respectivamente. De SC, o melhor colocado é o Figueirense (24º), seguido pelo Criciúma (26º) e Chapecoense (30º). Os três mantiveram as mesmas colocações de 2017. O ranking estadual está assim: Figueirense (1º), Avai (2º), Joinville (3º) e Criciúma (4º).
Estatismo radical
O deputado federal Lindomar Garçon (PRB-RO) teve a petulância de protocolar um projeto de lei que protege os postos de trabalho em caso de privatização da Eletrobras. Os empregados, inclusive os que estiverem em período probatório à época da venda, serão lotados em outras empresas públicas, sociedades de economia mista ou esfera do governo federal, sendo mantidos seus direitos adquiridos. Eles poderão ainda optar por permanecer nos quadros da empresa compradora. Político asqueroso que vê na coisa pública a Casa da Mãe Joana.