VÍDEO – Convento explica demolição de sala do Observatório Astronômico de Brusque
Demolição, que teve imagens divulgadas nas redes sociais, reacendeu debate sobre situação do observatório
Demolição, que teve imagens divulgadas nas redes sociais, reacendeu debate sobre situação do observatório
O Convento Sagrado Coração de Jesus, proprietário do espaço onde ficava a sala do Observatório Astronômico de Brusque, no Centro, se manifestou e esclareceu o motivo da demolição da estrutura, ocorrida no início do mês. Na ocasião, o Clube de Astronomia, que administrava atividades no local, fez uma publicação lamentando a demolição.
“Infelizmente e com imensa tristeza hoje nos deparamos com a imagem de 45 anos de história posto ao chão. Um dia muito triste na história da Astronomia de Santa Catarina e do Brasil”, informou a entidade, em nota publicada nas redes sociais.
De acordo com o gestor do Colégio e Faculdade São Luiz, padre Silvano Costa, e com o diretor do convento, padre Fernando Teckler, a demolição ocorreu por conta de danos na estrutura da sala.
Após a saída do Clube de Astronomia do local, o convento solicitou que o São Luiz assumisse o espaço para eventuais reformas e continuasse o projeto do observatório. Entretanto, após verificarem o estado em que a sala estava foram identificados os danos em toda estrutura.
Segundo informado pelo convento, o espaço da sala foi condenado pela Defesa Civil por conta de um barranco que fica próximo da estrutura. O chão foi rebaixado e ainda corre o risco de desmoronar. Demais problemas como rachaduras nas paredes e infiltrações também foram identificados.
Os padres pontuam que apenas foi demolida a sala e não a cúpula. “Iriamos continuar [o projeto], mas quando entramos lá dentro, vimos a situação que se encontrava o espaço. Um rebaixamento em torno de 40 centímetros do piso. Então acionamos a Defesa Civil, que nos disse que era inviável colocar crianças lá dentro”.
Assim, foi definido que a sala deveria ser retirada. Para que ela pudesse ser reutilizada, seriam necessárias diversas mudanças no barranco, o que traria um grande gasto.
“Quanto ao futuro, pretendemos manter a cúpula e o observatório, mas como fazer a sala, de que forma fazer a sala, aí é um projeto futuro, o qual não esperávamos”.
Silvano menciona, que para eles, não foram tirados 45 anos de história, mas que a história está sendo continuada de forma segura. “Não estamos dizendo não ao observatório, que tem uma história e que começou com um dos nossos padres”, completou.
Desde a saída do Clube de Astronomia do Observatório Astronômico, em fevereiro deste ano, o clube tem realizado atividades em ambientes externos, como por exemplo no Parque das Esculturas.
O motivo da saída do CAB do Observatório não foi revelado pelo convento, à época dirigido pelo padre Zaqueu. O representante apenas se limitou a dizer que se tratava de uma “questão interna”.
Após o momento, o presidente do clube, Silvino de Souza, disse que o CAB merecia uma sede própria, um local definitivo e independente. O espaço que seria destinado à construção do observatório, no terreno do Montserrat, segue inutilizado.
A reportagem entrou em contato com o presidente, mas não obteve retorno até a publicação da matéria
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