Visita à Polônia proporciona aprendizado à comitiva brusquense
Grupo da Fundação José Walendowsky foi ao país para conhecer mais sobre os antepassados
Grupo da Fundação José Walendowsky foi ao país para conhecer mais sobre os antepassados
Assolada por guerras e dominada por várias nações ao longo dos séculos, a Polônia tem uma cultura rica, com diversas influências. Esta riqueza imaterial foi o que mais chamou a atenção de um grupo de Brusque que visitou o país nas últimas semanas.
As 29 pessoas de Brusque estiveram na Polônia entre o fim de março e o começo deste mês. O roteiro organizado pela Fundação José Walendowsky passou por Wroclaw, Oświęcim, Cracóvia, Wieliczka, Zakopane e Lodz.
Ivan Walendowsky, integrante da Fundação José Walendowsky, que realizou o tour, diz que a viagem “foi um verdadeiro sucesso”. A cultura polonesa foi o que mais marcou.
O conceito de cultura para os poloneses abrange não só os elementos mais tradicionais, como o folclore e a música clássica de Chopin, mas também, e principalmente, a religiosidade. A professora Rosemari Glatz diz que o povo é muito católico e existe praticamente uma adoração à figura do Papa João Paulo 2º, polonês.
A resiliência dos poloneses também chamou a atenção. Isso pode ser percebido até mesmo pela história do país. Ao longo dos séculos, foi dominado por diferentes reinos e subjugado.
A Polônia como é hoje completará 100 anos de independência neste ano. A nação recuperou a autonomia em 1918, depois da Primeira Guerra Mundial. Mas foi dominada pelo regime comunista da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) até 1989.
Walendowsky afirma que é possível perceber ainda hoje as marcas dos domínios totalitários. Ele destaca que a nação é exemplo de como é prejudicial os extremismos, pois foi governada por nazistas e comunistas.
A professora universitária destaca que os poloneses têm cultura, língua, vestimenta e costumes próprios, apesar de terem sido oprimidos e dominados. Ainda hoje, as marcas dessa história rica, porém difícil, podem ser vistas na arquitetura e na conversa com os poloneses.
Para Rosemari, a viagem teve objetivo especial. Ela está escrevendo um livro sobre os 150 anos da colonização polonesa no Brasil, que se iniciou por Brusque. Ela diz que a visita superou as expectativas e que o aprendizado adquirido in loco tem valor incalculável e não poderia ser aprendido por meio de livros.
Ivan destaca, também, a felicidade com que os poloneses recebem as pessoas, mesmo com o seu passado difícil. Para ele, todos deveriam visitar a nação, devido à sua riqueza em todos os aspectos culturais.