NOTA DA REDAÇÃO: Vilmar Dubiella
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A Estrada de Ferro Santa Catarina – EFSC
Há algumas semanas, recebi um PPS sobre a Estrada de Ferro Santa Catarina, a ferrovia que cortava o Vale do Itajaí, de Rio do Sul até Itajaí. Isso me empolgou a conhecer um pouco mais da história e, é claro, fotografar os vestígios ou obras remanescentes. Durante boa parte do século XX, a estrada de ferro serviu as cidades da região, possibilitando a integração e o desenvolvimento. Porém, como infelizmente ocorreu em geral com o transporte ferroviário no Brasil, a falta de recursos para expansão e integração com outras linhas férreas e da opção preferencial por rodovias, fez com que a linha perdesse relevância, sendo desativada em 1971.
Algumas obras realizadas especialmente para a ferrovia continuam até hoje sendo utilizadas na infra-estrutura de tráfego urbano, como a Ponte dos Arcos, a Ponte de Ferro e o túnel da Ponta Aguda, em Blumenau. Já os elevados por onde passava o trem, após cruzar a Ponte dos Arcos, virou um canteiro de flores, no pátio da empresa Sulfabril. Estações como a da Figueira em Gaspar servem como ponto de ônibus. Outra estação, na rua Itajaí, serve para grafiteiros externarem a criatividade.
É triste sob muitos aspectos que não se tenha conservado a linha, como patrimônio histórico. E mais frustrante ainda que a linha férrea não tenha evoluído e se modernizado, podendo servir até hoje como escoamento da diversificada produção industrial da região ou como opção ao transporte de pessoas. Construída pelos imigrantes alemães na primeira década do século passado, as gerações seguintes não souberam – ou não puderam – honrar aquele tremendo esforço para modernizar Santa Catarina.
Abaixo seguem fotos atuais (de 21.04.2012) e algumas da época onde as obras foram inauguradas e estavam em pleno uso.
E como diz o ditado: “quem não conhece a nossa história está fadado a cometer os mesmos erros”. Ao resgatar o trabalho dos desbravadores da região, em empreendimento tão importante para a época, compreende-se melhor nossa crônica falta de infraestrutura de transporte atual, com enervantes consgestionamentos no trânsito regional. Lamentável.
Obs.: veja também Exploração Urbana I (junho de 2011) e Exploração Urbana II (outubro de 2011)
