João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Ainda temos inverno de frio e geada

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Ainda temos inverno de frio e geada

João José Leal

O inverno, enfim, mostrou sua cara o seu bafo gélido. Veio da lonjura do continente antártico, percorreu as planuras patagônicas, mais de sete mil quilômetros de rastro glacial em sua passagem, até chegar às terras catarinenses e gelar nossos quintais. Não se pode dizer que chegou de surpresa. Estamos em julho, em plena estação fria. E, embora não aconteça todo dia nem toda semana, porque a Europa e a América do Norte ficam no outro hemisfério, sempre devemos estar preparados para uma eventual queda de temperatura.

Também, não podemos dizer que não fomos avisados. O pessoal da meteorologia, que consultamos a cada manhã na palma da nossa mão, anunciou com antecedência, com precisão de relógio suíço, que o fim de semana seria tomado por uma massa polar, daquelas de fazer tremer queixos, de nos fazer tirar casacos e blusas de lã das gavetas e nos fazer andar, por algumas horas, exalando um cheiro de mofo e de naftalina. E as temperaturas despencaram pra valer, com algumas cidades mais altas deste grande Sul brasileiro, experimentando aquele terrível frio abaixo de 0ºC.

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É assim mesmo o nosso inverno. Dias e até semana de temperatura tépida, para nos fazer acreditar e dizer aos mais jovens, nós, já velhos a olhar pelo retrovisor do tempo, que no passado os invernos eram mais frios. E, agora, neste tempo de poluição dos ares, de aquecimento dos mares, de calotas polares derretendo e de efeito-estufa na atmosfera, dizemos que o inverno já não é tão frio como antigamente. Tenho dúvida se os invernos de hoje são mais quentes e se a terra-mãe está mesmo derretendo para condenar a humanidade a enfrentar uma era de calor insuportável.

De uma coisa tenho certeza. Muitos invernos ainda virão, trazendo ondas de frio intenso, como no último fim, com o sábado, 6, amanhecendo gelado. No domingo, 7, ainda mais frio, cedo, pelas 6h, acessei o site deste jornal e vi que a temperatura tinha despencado, com 0ºC registrado no bairro Aymoré, na vizinha Guabiruba. Em nossa cidade, o bairro de Thomaz Coelho o mais frio, com temperatura em torno de 1ºC.

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Não foi fácil. Mas, a curiosidade venceu a preguiça. Ainda escuro, vesti calça de lã, japona grossa, boné na cabeça e fui ver se havia geada no meu jardim. E nada de gramado branco, alvejado por aquela fina camada de sereno congelado. Mesmo na parte alta do bairro Jardim Maluche, por onde caminhei, não havia formação de geada. Alguns ambientalistas mais radicais podem dizer que é por causa do aquecimento global. Mas, não creio. Afinal, a brancura do orvalho congelado marcou presença em outros pontos da cidade e da região.

E o frio, mesmo sem geada, não tão intenso, continuou. Como se vê, ainda temos inverno de usar casaco de lã e de fazer tremer queixo!

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