Amizade de meio século: primeiro time Dente de Leite do Carlos Renaux comemora 50 anos

Equipe foi criada a pedido de diretoria e uniu times de futsal; laços permanecem firmes ao longo de décadas

Amizade de meio século: primeiro time Dente de Leite do Carlos Renaux comemora 50 anos

Equipe foi criada a pedido de diretoria e uniu times de futsal; laços permanecem firmes ao longo de décadas

Jogadores das antigas categorias de base do Carlos Renaux comemoraram, neste sábado, 31, um marco em suas vidas: a criação do time da categoria Dente de Leite, que completou 50 anos em maio. Um evento reservado na Sociedade Esportiva Bandeirante foi organizado pelo grupo, que, décadas depois, mantém laços de amizade e camaradagem que superam as voltas que a vida dá.

A equipe é tida como a primeira da categoria Dente de Leite (13-14 anos) em Brusque, criada em 1º de maio de 1975 por iniciativa de José Evilásio Dietrich, o Zecão. Ele foi o primeiro treinador, aos 19 anos no dia da criação do time. Completou 70 anos na sexta-feira, 30, e a reunião do grupo foi também comemoração de aniversário.

“Aconteceu de uma maneira surpreendente, nem eu esperava [criar o time]. A diretoria do Carlos Renaux, em 1975, me convidou para ser técnico do Dente de Leite. Fizemos a convocação e começamos em 1º de maio de 1975”, comenta o antigo técnico.

Norival de Souza Filho, o Nenén, foi primeiro capitão daquela equipe de garotos. Ele ainda chegou a jogar no Paysandu de 78 a 81, antes da lesão do joelho que o tirou dos profissionais. Ainda tuou por anos no futebol amador, especialmente no Humaitá, de Nova Trento. É um dos principais responsáveis pela organização dos reencontros.

“Essa criação do Dente de Leite veio de um campeonato anterior, de futebol de salão, entre duas equipes: Fundição Hércules e Casa Avenida. O Zecão, e o já falecido Afonso Schmidt já eram treinadores dessas equipes e criaram a equipe, convidando nós todos. Foi feita a peneira em 1º de maio”, complementa.

Carlos Renaux Dente de Leite
O time de 1975 já em 1976. Em pé: Zecão, Binho, Elói, Laurindo, Nenén, Marquinho Sassi e Zezo. Agachados: Serginho Hoffmann, Valcemir, Buga, Cilinho e Alváro Willrich | Foto: Norival de Souza Filho/Arquivo pessoal

Reencontros daquele Dente de Leite de 1975 são realizados com maior ou menor frequência, mas as amizades e os contatos permanecem. “A gente não para de se reencontrar. Alguns foram morar fora, um é pastor, outro é desembargador em Florianópolis, outros são empresários, como o Álvaro Willrich. Cada um foi tomando rumo na sua vida”, destaca Nenén.

“A amizade que construímos foi de família”, completa Zecão esteve à frente do Dente de Leite do Renaux até 1983, acumulando troféus pelo clube. Mais do que um treinador, orientava os jogadores fora de campo, buscando acompanhando escolar e aconselhamento.

Renaux dente de leite comemoração
Participantes do reencontro receberam medalhas | Foto: João Vítor Roberge/O Município

Durante o reencontro foi organizado um momento de homenagens. Zecão, tido como uma figura paterna ou como irmão mais velho da equipe, recebeu placas por seu trabalho há décadas e por sua amizade.

Em revezamento no microfone, acumularam-se lembranças e histórias, das mais emocionadas e tocantes às mais engraçadas e descontraídas, num tributo à amizade e aos bons tempos que viveram como equipe nos anos 70. Cada um também foi homenageado com medalhas.

Zecão ainda se lembra da primeira escalação na campanha do primeiro título da categoria Dente de Leite: “Binho; Fausto, Arthur, Laurindo, Elói; Nenén, Álvaro, Cesinha; Edmílson, Valcemir e Nei”, escala.

Para o próximo reencontro, o ex-treinador quer fazer um evento maior: “trazer, numa festa só, o pessoal de 75, 76, 77 e 78”, planeja.

Renaux dente de leite comemoração
Zecão e Nenén | Foto: João Vítor Roberge/O Município

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