Com Isabel R. Almeida

O cantor Alexandre Pires é alvo da operação Disco de Ouro, e está sendo investigado pela Polícia Federal por suposta participação em esquema de lavagem de dinheiro, que envolve a exploração ilegal de minérios na Terra Indígena Yanomami. De acordo com a Polícia Federal, o cantor teria recebido R$ 357 mil em uma conta pessoal e mais R$ 1.025.000 em uma conta jurídica. 

A cidade de Sertãozinho – SP remarcou um show do cantor que ocorreria na terça-feira, 5, para comemorar o aniversário da cidade. A organização do evento atribuiu o ocorrido a um vendaval que ocorreu no local. 

Alexandre Pires também está na programação de réveillon em Florianópolis. Em nota, a prefeitura diz que o evento na capital será “inovador: show de drones, de águas, bailarina e pianista suspensos, e muito mais. Dividido em dois palcos, o espetáculo poderá ser visto da Beira-mar Norte e Continental. Na norte, haverá show com Alexandre Pires. No continente, Marcos e Belutti agitarão a virada”.

Procurada pela coluna, a assessoria de imprensa da prefeitura de Florianópolis afirmou que o show do cantor está mantido, e que se houver alguma mudança, será anunciada. 

Investigação

Junto a Alexandre, quem também está sendo investigado é Matheus Possebon, seu empresário artístico. Os dois foram abordados em Santos – SP quando saiam de um navio cruzeiro em que o artista havia se apresentado. O cantor foi ouvido e liberado, mas Matheus Possebon foi preso.

Na manhã de segunda-feira, 4, a Polícia Federal esteve na casa de Alexandre Pires, em Itapema, para procurar documentos que apontassem possíveis pagamentos da mineradora alvo da investigação ao cantor, mas nada foi encontrado. 

O escritório de advocacia  D’Urso e Borges Advogados, que representa o artista, divulgou uma nota em que afirma que Alexandre Pires “não tem e nunca teve qualquer envolvimento com garimpo ou extração de minério, muito menos em área indígena” e que o cantor “jamais cometeu qualquer ilícito, o que será devidamente demonstrado no decorrer das investigações, reiterando sua confiança na Justiça brasileira”.