Após decreto, lojas de armas registram alta procura em Brusque

Regulamentação da posse de armas provocou interesse na população

Após decreto, lojas de armas registram alta procura em Brusque

Regulamentação da posse de armas provocou interesse na população

As duas lojas que vendem armas em brusque têm registrado cada vez mais clientes interessados em se armar, principalmente, depois do decreto que regulamentou a posse no país, publicado no dia 15 deste mês.

“Desde do decreto está tendo uma busca por informações sobre aquisição, até porque muitas pessoas achavam que estava proibida a venda”, afirma Emerson Klann, proprietário do Sol Dourado Caça e Pesca.

A situação é parecida no Malossi Caça e Pesca. “O pessoal está vindo atrás de informação porque há um tempo tinha problema na comprovação da necessidade, que era subjetiva. Estavam negando bastante na PF”, diz Marcos Malossi, proprietário do estabelecimento.

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Os pedidos de informação já resultaram em alguns processos enviados à Polícia Federal para a obtenção da autorização para a posse de arma. A tendência é que essa procura continue constante com o decreto.

O comércio de armas nunca esteve proibido no país, mas antes era mais restrito. Malossi vende armas há 35 anos e afirma que devido a essa dificuldade que havia antes o volume de vendas para a autodefesa estava em baixa.

Klann diz que o comércio de armas sempre existiu e havia vendas antes mesmo do decreto. Ele avalia que a cultura de ter armas está enraizada na tradição da região e de todo o Sul do país.

As pistolas estão entre os modelos mais vendidos nas duas lojas. A campeã de vendas no Sol Dourado é a calibre 380. Mas as espingardas 12 também saem, assim como revólveres 22, 32 e 38.

Investimento alto
O processo de compra de uma arma é relativamente longo e exige considerável poder aquisitivo. Começa com a ida do cliente à loja. No caso de Brusque, as duas auxiliam em todos os procedimentos.

Na loja, é explicado ao cliente qual é o trâmite e o custo. Também são mostradas as opções de armas que ele pode adquirir para a posse, que no caso são revólveres, pistolas até a calibre 380 e espingardas calibre 12 e abaixo.

Ter uma arma exige altos gastos. Um revólver, dos mais baratos e simples, está na casa dos R$ 3 mil. Já uma uma pistola custa mais de R$ 4 mil.

Além disso, o interessado ainda precisa fazer um curso, pagar taxas e licenças, o que custa em torno de R$ 700.

A pessoa interessada em comprar tem de apresentar as certidões negativas de todas as justiças. Essa parte burocrática é feita por despachantes, que já lidam com essa situação.

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O tempo para a obtenção do registro para a posse varia bastante. Agora, deve ter mais demanda, mas, antes, demorava entre três e seis meses.

Os dois empresários do ramo de armas avaliam que o principal ponto do decreto é dar fim à subjetividade. Antes, o delegado federal é que avalia a “efetiva necessidade”.

Agora, o decreto já define que, na prática, todos têm efetiva necessidade. Com isso, a chance de o processo ser negado é bastante reduzida.

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